Falta de fiscais pode prejudicar exportação de aves e suínos no Paraná
jun, 02, 2022 Postado porSylvia SchandertSemana202222
A delegacia sindical dos auditores fiscais federais agropecuários do Paraná disse que o Estado corre o risco de reduzir a exportação de aves e suínos por falta de servidores na linha de frente das plantas de abate e na verificação dos procedimentos de embarques externos.
Estimativa da delegacia aponta a necessidade de contratação de pelo menos mais 30 auditores fiscais federais agropecuários no serviço de inspeção para atender à expansão das atividades das empresas, como o aumento de turnos e de dias de abate, e o início das atividades de novas companhias.
Operação-padrão
Os auditores estão em operação-padrão em todo o país desde dezembro. Na semana passada, o sindicato nacional da categoria (Anffa Sindical) aprovou um indicativo de greve. O tema preocupa as empresas do agronegócio. O tema foi debatido no último dia 01 por integrantes do Fórum ProBrasil, que reúne associações como ABPA e Abiec, com o ministro da Agricultura, Marcos Montes.
Maior exportador de aves e segundo no ranking de exportações de suínos do país, o Paraná tem 55 estabelecimentos de abate fiscalizados de forma permanente e 210 estabelecimentos de produtos de origem animal, avaliados periodicamente. Só no mês passado, as exportações do Estado chegaram a US$ 1,9 bilhão.
Veja abaixo o histórico brasileiro das exportações de carne de frango, bovina e suína pelo Porto de Paranaguá de janeiro de 2021 a abril de 2022. Os dados abaixo estão disponíveis na plataforma DataLiner.
Exportação de Bovinos, Suínos e Frangos pelo Porto de Paranaguá | 2021 – abril 2022 | TEUs
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
“Sem contar duas movimentadas regiões de fronteira, em Foz do Iguaçu e Guaíra, que demandam ainda mais controle, atenção e cuidado por parte dos servidores”, diz a delegada estadual sindical no Paraná, Marcia Nonnemacher Santos.
Em abril, o Estado abateu mais de 54 milhões de aves e 685 mil suínos abatidos sob inspeção federal. “É um trabalho fundamental que vêm se acumulando com excesso horas extras e banco de horas, que na maioria dos casos não podem ser convertidas em folgas pela carência de servidores”, completou a delegada.
Fonte: Valor Econômico
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