Ferrovias: malha do Brasil é curta e falta dinheiro, avaliam especialistas
ago, 19, 2021 Postado porSylvia SchandertSemana202133
Maior linha de trem do Brasil, a Ferrovia Norte-Sul tem mais da metade dos trilhos fora de operação. Planejada para ser a “espinha dorsal” do sistema ferroviário nacional, dos 4,1 mil km previstos, opera com 1,4 mil km entre Palmas (TO) e Estrela d’Oeste (MT). É o melhor exemplo da situação do modal ferroviário no país, subutilizado e pouco desenvolvido, especialmente no setor agropecuário.
Segundo o presidente da Associação Nacional dos Usuários de Transportes de Carga (Anut), Luiz Antônio Baldez, atualmente, 30 mil quilômetros da malha ferroviária brasileira estão nas mãos da iniciativa privada, mas apenas 12 mil km estão em operação, sendo que 80% da carga é composta por minério de ferro, 15% por produtos agropecuários e 5% de outros tipo de mercadoria. “É muito pouco. O Brasil precisa ampliar sua malha ferroviária para uns 50 mil quilômetros e diversificar as cargas”, afirma o representante da Anut.
Para piorar ainda mais a situação, Baldez indica que o frete brasileiro é 50% mais caro do que nos países concorrentes em produção de commodities, como os Estados Unidos e a Argentina. “A diferença de preço entre os fretes ferroviário e rodoviário é praticamente zero: R$ 120 por TKU (tonelada-quilômetro útil)”, aponta.
“O milho produzido no norte de Mato Grosso, para abastecer a suinocultura e a avicultura do Nordeste, é mais caro para os nordestinos do que o milho importado dos americanos. No Sul, o mesmo acontece com os cereais que vêm da Argentina. Nossa logística ainda é muito precária na área de ferrovias e sem isso temos dificuldade em competir com o mercado externo”, acrescenta.
Fonte: Canal Rural
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