Fornecedores de camarão do Equador dizem que mercado do Brasil continua ‘de alto risco’

A indústria de camarão do Equador pediu recentemente ao governo brasileiro que revise sua política de riscos fitossanitários relacionados à importação de camarão estrangeiro, que tem impedido o fluxo de embarques para o Brasil.

O Equador há muito diz que o Brasil deve trabalhar em conjunto com seus produtores para aumentar o mercado, em vez de temer a concorrência, algo que a indústria brasileira provavelmente continuará ignorando, pois espera que a produção cresça 20% em 2023, auxiliada por uma explosão de pequenos produtores do nordeste do país.

Itamar Rocha, presidente do órgão comercial dos produtores de camarão brasileiro ABCC, rejeitou essas alegações e disse que há mais do que aparenta na baixa taxa de embarques de camarão do Equador.

“Eles não têm capacidade de distribuição”, disse Rocha ao IntraFish.

Esses embarques representavam apenas uma pequena fração das exportações para mercados-chave como China, Estados Unidos e União Européia.

Em maio de 2019, após uma longa batalha legal, a primeira remessa de camarão congelado importado foi permitida no Brasil após uma decisão da Suprema Corte que abriu caminho para produtores equatorianos começarem a enviar camarão para o Brasil.

Desde então, as importações de camarão equatoriano aumentaram.

“O Equador poderia exportar para o Brasil sem problemas, mas enquanto houver barreiras tarifárias, o mercado simplesmente se torna um risco muito alto”, disse José Antonio Camposano, presidente da Câmara Nacional de Aquicultura (CNA), entidade de produtores de camarão.

Os produtores brasileiros voltam repetidamente a uma estratégia familiar, argumentando que o camarão importado pode ser portador de doenças prejudiciais à produção local, apesar das frequentes acusações de que estão praticando protecionismo para manter os preços artificialmente altos.

Fonte: Intrafish

Para ler o artigo original, acesse: https://www.intrafish.com/shrimp/ecuador-shrimp-suppliers-say-brazil-market-remains-high-risk/2-1-1388752

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