
Fruit Fórum Congress debate desafios e oportunidades da fruticultura brasileira no mercado internacional
mar, 28, 2025 Postado porGabriel MalheirosSemana202513
Realizado na Fruit Attraction, um dos principais eventos do setor, o Fruit Fórum Congress promoveu, nesta quinta-feira (27), um debate essencial sobre a inserção da fruticultura brasileira no mercado internacional. A mesa “Desbravando Novos Horizontes: Estratégias para Expandir Seu Negócio no Mercado Global” reuniu especialistas do setor para discutir os desafios enfrentados pelos produtores e as oportunidades para ampliar a presença do Brasil no comércio exterior.
Participaram do painel Roberta Aviz, coordenadora de negócios internacionais e inteligência de mercado na Unidade de Acesso a Mercados do Sebrae, Sérgio Ferreira, chefe do escritório ApexBrasil Nordeste, e Rodrigo Alex Goessel da Matta, coordenador de promoção comercial internacional na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e gestor do projeto Agro.BR.
Os especialistas destacaram que, apesar do Brasil ser um dos maiores produtores de frutas do mundo, apenas 2,5% da produção nacional é destinada à exportação, o que coloca o país na 24ª posição entre os maiores exportadores globais. Em contraste, países como Chile e Peru se destacam internacionalmente com volumes de exportação significativamente superiores, apesar da produção interna menos robusta.
Sérgio Ferreira destacou a relevância econômica e social da fruticultura, setor intensivo em mão de obra e fundamental para o desenvolvimento regional. Ele apontou Petrolina como um exemplo expressivo desse impacto, ressaltando seu papel de destaque no agronegócio brasileiro, especialmente na produção de uva, manga, goiaba e melão. Segundo ele, o alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da cidade está diretamente ligado à fruticultura, que combina tecnologia moderna e uma mão de obra especializada em áreas de cultivo menores se comparado com os carros-chefes do agronegócio brasileiro, como a soja e o algodão. Esse modelo produtivo, além de demandar elevado capital social e humano, gera reverberações positivas nos centros urbanos ao entorno.
O executivo também abordou o sucesso do projeto “Frutas do Brasil”, uma parceria entre a ApexBrasil e a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (ABRAFRUTAS), que ajudou a elevar as exportações do setor de US$ 500 milhões para US$ 1,3 milhões ao longo da última década.
Roberta Aviz apresentou um panorama detalhado das etapas necessárias para que os fruticultores ingressem no mercado externo. Segundo ela, a jornada de exportação exige planejamento e preparo, passando por etapas como sensibilização, elaboração de estratégias de internacionalização, precificação para exportação e adequação de produtos e embalagens para os mercados-alvo. A participação em feiras internacionais como a Fruit Attraction e missões comerciais também é considerada essencial para a efetivação dos negócios.
Rodrigo Alex Goessel da Matta destacou o papel do projeto Agro.BR da CNA, voltado para a preparação de pequenos e médios produtores brasileiros de setores menos tradicionais no comércio exterior, como frutas, café, mel, nozes, castanhas e cachaça. Ele pontuou que a demanda interna robusta muitas vezes reduz o interesse do produtor pela exportação, tornando essencial a mobilização e a capacitação para a inserção no mercado global. A CNA já conta com escritórios em Xangai, Cingapura e Dubai, além de estar preparando uma estrutura em Bruxelas para fortalecer a presença dos produtos brasileiros no exterior.
Os participantes destacaram a importância de enfrentar os desafios do setor, especialmente as barreiras fitossanitárias que limitam o acesso a mercados estratégicos. Eles defenderam a adoção de estratégias baseadas nas deficiências e fortalezas das empresas exportadoras, além das adaptações exigidas pelo mercado importador. A obtenção de certificações e o cumprimento de normas internacionais foram apontados como os relevantes pontos de atenção para os produtores.
O debate reforçou a importância de iniciativas que incentivem e facilitem a internacionalização da fruticultura brasileira, promovendo maior competitividade para o setor e ampliando o potencial de crescimento das exportações nacionais.
Para tomar decisões assertivas sobre a inserção no mercado internacional, é fundamental contar com dados confiáveis e representativos do setor. A análise criteriosa de informações sobre fluxos comerciais, tendências de mercado e demanda internacional permite que produtores e exportadores tracem estratégias mais eficazes. Nesse sentido, a Datamar, líder em dados de comércio marítimo, fornece informações precisas e atualizadas sobre o transporte de cargas e movimentação portuária, auxiliando empresas na tomada de decisões embasadas e na identificação de oportunidades para expandir seus negócios no exterior.
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