Frutas cítricas da Argentina ganham mercado nos EUA

A indústria citrícola argentina aguarda um processamento rápido para a entrada de tangerinas e clementinas, visando iniciar as exportações para os Estados Unidos.

Em meio à atual fase de colheita e comercialização da citricultura argentina, o FreshFruitPortal conversou com José Carbonell, presidente da Federação Argentina de Citricultura (Federcitrus), para discutir a temporada.

Carbonell observa que os citros foram afetados tanto pelas altas temperaturas quanto pela escassez de água, resultando em uma quantidade menor de frutas e em tamanhos reduzidos.

A colheita de limões começou com um atraso de 40 dias devido à falta de tamanho e cor, consequências do clima desfavorável, comenta o presidente da Federcitrus.

Ao analisar a citricultura, Carbonell menciona que a produção pode apresentar uma redução de 25 a 30%, em média, em todas as espécies. Essa é uma estimativa preliminar que pode ser ainda maior.

Apesar das notícias desanimadoras sobre a queda na produção de citros, Carbonell destaca alguns aspectos positivos que deixam os exportadores satisfeitos.

“Recentemente, recuperamos o mercado mexicano e abrimos o mercado de limões orgânicos para a União Europeia. Estamos trabalhando arduamente para abrir o mercado de frutas cítricas doces nos Estados Unidos, o que é de extrema importância para o setor como um todo”, afirma.

Ele explica que a Argentina e o Senasa concluíram a fase técnica, estando agora nas mãos das autoridades agrícolas dos EUA. A expectativa é de avanços rápidos para obter acesso ao mercado o mais brevemente possível.

Os principais mercados para os citros argentinos, especialmente para os limões, são os Estados Unidos, Europa e Rússia.

Veja no gráfico abaixo as exportações argentinas de frutas cítricas em contêineres entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022. Os dados são do DataLiner.

Argentina Exportações de Cítricos | Jan 2019 – Dez 2022 | TEU

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Desafios da indústria

Quanto aos desafios desta temporada, José Carbonell destaca a taxa de câmbio e, principalmente, a redução significativa das chuvas no verão, juntamente com um período de 40 dias de temperaturas acima do normal. Essa combinação resultou na queda na produção, com agravante do atraso no processo de amadurecimento causado pelas chuvas tardias.

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