Gargalos logísticos levam à queda das exportações de café
set, 14, 2021 Postado porSylvia SchandertSemana202136
De acordo com relatório mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), os embarques totais do produto somaram 2.674.116 sacas de 60 kg em agosto de 2021, registrando queda de 25,2% em relação às 3.573.958 sacas em idêntico período de 2020. Em receita cambial,
as remessas recuaram 1,6% no mês passado, saindo de US$ 427,5 milhões para US$ 420,5 milhões.
Nos dois primeiros meses da safra 2021/22, as exportações totalizaram 5,541 milhões de sacas, volume 18,7% inferior ao registrado em julho e agosto do ciclo anterior. Já a receita subiu 2,8% no intervalo, chegando a US$ 831,7 milhões. No acumulado do ano civil, o desempenho é similar, com
as remessas brasileiras de café caindo 1,8% ante 2020, para 26,303 milhões de sacas, mas avançando 5,8% em valor, ao renderem US$ 3,618 bilhões nos oito primeiros meses de 2021.
A reviravolta no desempenho das exportações brasileiras de café, que eram positivas até o acumulado de julho, reflete a continuidade dos gargalos logísticos no transporte marítimo, um problema estrutural que extrapola as fronteiras do Brasil e do produto, conforme revela o presidente do
Cecafé, Nicolas Rueda.
“Essa grave crise operacional gerou disparada no valor dos fretes, constantes cancelamentos de bookings – espaço dos contentores nos navios –, dificuldade para novos agendamentos e disputa por contêineres e lugares nos navios”, expõe.
Segundo apuração realizada pelo Conselho junto aos exportadores, os entraves fizeram com que o Brasil deixasse de exportar cerca de 3,5 milhões de sacas entre maio e agosto de 2021, o que, considerando os preços médios dos embarques, equivale ao não ingresso de aproximadamente US$ 500 milhões em receitas ao país.
“O levantamento também mostrou que a média das rolagens de carga variou entre 10% e 20% de janeiro a abril de 2021, saltou para entre 20% e 30% em abril e maio, chegando aos patamares médios de rolagens de 40% a 50% nos últimos três meses, o que explica o significativo volume de café que o Brasil deixou de embarcar. O desempenho não foi pior em função do esforço titânico dos setores comercial e logístico dos exportadores, que ainda possibilita um fluxo considerável de café para fora do país”, analisa o presidente do Cecafé.
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