Governo brasileiro quer diminuir dependência de fertilizantes importados
mar, 10, 2021 Postado porSylvia SchandertSemana202111
No último dia 09 de março foi realizada a primeira reunião do Grupo de Trabalho Interministerial encarregado pela elaboração do Plano Nacional de Fertilizantes. O grupo foi criado com a publicação do Decreto 10.605 e terá encontros a cada 15 dias.
A Ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) reforçou que os fertilizantes são insumos estratégicos para a agricultura brasileira e disse que o Brasil precisa ter uma produção mínima de fertilizantes para garantir a segurança nacional e a segurança alimentar.
“No momento que teve a pandemia, vocês viram como foi importante a segurança alimentar do nosso país. A nossa agricultura cresce todos os anos, então cada vez mais vamos precisar de fertilizantes. Esse grupo vai justamente vai dar este norte”, disse. “Não significa que temos que deixar de importar fertilizantes, mas precisamos de um volume seguro de produção nacional”, completou a ministra
O Grupo de Trabalho é formado por representantes da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Casa Civil e dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Economia, Infraestrutura, Minas e Energia, Meio Ambiente e Ciência, Tecnologia e Inovações, além da Embrapa, Gabinete de Segurança Institucional e Advocacia-Geral da União. A secretaria executiva ficará a cargo da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos.
O objetivo do plano é tornar o país protagonista em inovação tecnológica em nutrição de plantas de forma sustentável, expandir a produção e oferta de fertilizantes nacionais e reduzir a dependência de produtos externos. O GTI deverá entregar o Plano Nacional de Fertilizantes ao Secretário Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República em um prazo de 120 dias.
Em 2020, o Brasil importou 32,8 milhões de toneladas de fertilizantes, segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), 11,3% a mais que no ano anterior. Já o consumo havia passado de 33,5 milhões de janeiro a outubro, 10% a mais que no mesmo período de 2019. A produção nacional, por sua vez, está entre 7 e 8 milhões de toneladas.
Com informações do Valor Econõmico
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