Governo da Argentina desbloqueia importação crucial de gás da Petrobras

O governo da Argentina, enfrentando escassez doméstica de gás e cortes de serviços direcionados, anunciou, no ùltimo dia 29 de maio, que desbloqueou o descarregamento de uma importante remessa de gás da Petrobras, o que, segundo eles, deve estabilizar o fornecimento local.

O clima frio recente já havia afetado o fornecimento de gás no país sul-americano, mas a situação piorou quando o descarregamento da remessa de gás foi interrompido devido a problemas de pagamento, provocando falta de gás natural comprimido (GNC) nos postos de abastecimento.

A secretaria de energia disse em um comunicado que o órgão estatal de energia Enarsa havia comprado, em 24 de maio, uma remessa de 44 milhões de metros cúbicos (m3) de gás natural liquefeito (GNL) da Petrobras, que deveria começar a ser descarregada.

“Mas, no último minuto, a empresa contestou a carta de crédito com a qual o combustível seria pago e não autorizou o descarregamento do GNL no terminal de Escobar”, dizia o comunicado.

Acrescentou que isso levou ao corte do fornecimento para usuários não prioritários, incluindo indústrias, usinas termoelétricas e postos de abastecimento, para proteger hospitais, escolas, residências e empresas.

“O objetivo é continuar abastecendo a ‘demanda prioritária’ e as residências”, disse o governo, acrescentando que o desbloqueio da remessa deve significar que “ao longo do dia, a situação dos cortes de fornecimento será regularizada.”

A Argentina está rapidamente aumentando a produção de gás e petróleo de sua enorme região de xisto Vaca Muerta, mas ainda depende de importações para atender à demanda de inverno. A longo prazo, pretende se tornar um exportador líquido de energia e fornecedor global de GNL.

O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, disse que o governo estava fazendo esforços para evitar novos problemas de fornecimento de gás.

“É um inverno muito rigoroso e a demanda passou de 44 milhões de metros cúbicos para quase 70 milhões”, disse ele em uma coletiva de imprensa diária.

O impacto não teria sido sentido se a carta de crédito tivesse sido aceita no dia 24, acrescentou.

Fonte: Reuters

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