Grandes transportadoras marítimas se unem em prol da descarbonização da indústria
dez, 04, 2023 Postado porGabriel MalheirosSemana202344
Os CEOs das principais empresas de transporte marítimo do mundo emitiram uma declaração conjunta na COP 28 pedindo uma data final para a construção de embarcações movidas apenas a combustíveis fósseis e instando a Organização Marítima Internacional (IMO) a criar condições regulatórias para acelerar o uso de combustíveis verdes.
A única maneira realista, segundo os CEOs, de atender às metas de gases de efeito estufa (GHG) da IMO para 2030, 2040 e zero emissões líquidas até 2050 é a transição ao uso de combustíveis verdes em escala e ritmo.
Vincent Clerc, CEO da Maersk, acredita que um próximo passo importante para a transição verde da indústria de transporte marítimo é a introdução de condições regulatórias que maximizem a redução de emissões de gases de efeito estufa por dólar investido.
“Isso inclui um mecanismo de precificação eficiente para fechar a lacuna entre combustíveis fósseis e verdes e garantir que a escolha verde seja mais fácil para nossos clientes e consumidores em todo o mundo”, disse ele.
Os líderes da MSC, Maersk, Hapag-Lloyd, CMA CGM e Wallenius Wilhelmsen estão convencidos de que uma atuação conjunta com a IMO produzirá medidas eficazes e concretas para sustentar o investimento no transporte marítimo e em suas indústrias auxiliares.
Soren Toft, CEO da MSC, comentou: “O apoio dos governos de todo o mundo será um elemento essencial para alcançarmos nosso objetivo comum e, entre esses esforços, queremos ver o fim da entrega de navios que só podem funcionar com combustíveis fósseis. Sem o pleno apoio de outros interessados, especialmente fornecedores de energia, será extremamente difícil atingir esses objetivos – ninguém pode fazer isso sozinho. Hoje parece que estamos um passo mais perto nesse sentido, mas o fornecimento concreto de combustíveis alternativos e uma precificação globalmente reconhecida dos GHG são essenciais para alcançar nossas metas.”
A declaração conjunta dos CEOs pede o estabelecimento de quatro “pedras angulares” regulatórias:
- Uma data final para a construção de novas embarcações movidas a combustíveis fósseis e um cronograma claro de Intensidade de GHG para inspirar confiança nos investimentos, tanto para novos navios quanto para a infraestrutura de abastecimento de combustível necessária para acelerar a transição energética.
- Um mecanismo eficaz de precificação de GHG para tornar o combustível verde competitivo durante a fase de transição. O mecanismo deve apresentar um incentivo regulatório crescente para alcançar reduções mais profundas nas emissões. Além de cobrir a “taxa de equilíbrio verde”, a receita gerada pelo mecanismo deve ir para um fundo de pesquisa, desenvolvimento e demonstração (RD&D) e para investimentos em países em desenvolvimento para garantir uma transição justa que não deixe ninguém para trás.
- Agrupamento de embarcações para fins de checagem de conformidade regulatória de GHG, onde o desempenho de um grupo de navios poderia contar em vez de apenas o de navios individuais, garantindo que os investimentos sejam feitos onde alcançam a maior redução de GHG e, assim, acelerando a descarbonização em toda a frota global.
- Uma base regulatória de GHG de “do poço ao tanque” ou de ciclo de vida para alinhar as decisões de investimento com os interesses climáticos e mitigar o risco de ativos encalhados.
Rolf Habben Jansen, CEO da Hapag-Lloyd, afirmou: “Acreditamos que um quadro regulatório e metas claras são cruciais para acelerar a introdução de combustíveis alternativos e reduzir nossa pegada de carbono.”
Fonte: Container-News
Clique aqui para acessar o material original: https://container-news.com/shipping-ceos-join-forces-to-accelerate-shipping-industry-decarbonization/
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