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Gripe suína: milhões de porcos abatidos na Ásia

jul, 01, 2019 Postado porSylvia Schandert

Semana201927

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), desde que o primeiro caso de gripe suína africana foi registrado em agosto do ano passado na cidade chinesa de Liaoning, a doença já foi encontrada em animais no Vietnã, Laos, Mongólia, Camboja e Coreia do Norte.

Com isso, milhões de porcos estão sendo abatidos na China e no Vietnã. De acordo com a mídia estatal do Vietnã, cerca de 2,8 milhões de porcos, representando cerca de 10 por cento do rebanho do país do Sudeste Asiático, foram abatidos. A doença se espalhou para instalações agrícolas vietnamitas em larga escala.

Na China, o maior produtor de suínos do mundo, cerca de 1,1 milhão de porcos foram abatidos, com autoridades afirmando que foram encontrados casos em 32 áreas.

Segundo estimativas do Rabobank da Holanda, um em cada dois porcos da China irá morrer, seja por contrair gripe suína africana, seja por abate.

Impactos na economia

A contenção do surto não será fácil, no entanto, de acordo com Dirk Pfeiffer, epidemiologista veterinário da Universidade da Cidade de Hong Kong. “Se você não tem uma vacina e tem um vírus que sobrevive tão bem ao ambiente, combinado com a enorme densidade de porcos mantidos em condições de baixa biossegurança, parar a propagação do vírus é um enorme desafio”, afirmou.

A doença já atingiu a maioria das províncias da China, reduzindo a produção de carne suína em 30%, de acordo com algumas estimativas.

Milhões de porcos foram sacrificados, devastando cadeias alimentares globais, com os preços da carne suína subindo desde os mercados de alimentos de Hong Kong até nas mesas de jantar americanas.

Os preços dos suínos vivos aumentaram cerca de 40% em relação ao ano passado na China, e as importações de carne suína da Europa, do Canadá e do Brasil para o país estão aumentando.

As exportações de carne bovina e de frango também estão em alta, à medida que os fornecedores se esforçam para preencher o déficit em uma região onde a carne suína é a proteína básica.

Isso vai prejudicar a indústria de carne suína e setores derivados, como o negócio de soja usado para ração animal.

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