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Hidrovias do Brasil quer expandir participação na região Norte do país

mar, 22, 2021 Postado porSylvia Schandert

Semana202113

A Hidrovias do Brasil quer consolidar sua operação logística no Arco Norte do país. Para isso, a empresa, que já tem atuação forte no escoamento de grãos pela região, planeja expandir a infraestrutura atual, criar novas rotas e até mesmo participardos leilões da BR-163 e da Ferrogrão, com uma participação minoritária, para garantir a competitividade do trajeto.

“O ano de 2020 marcou a consolidação do Arco Norte como rota de escoamento da produção do Mato Grosso. Os portos da região passaram a responder por mais de 50% da exportação, superando a rota de Santos. Isso é uma mudança estrutural muito grande, que tende a avançar, porque o crescimento da produção agrícola será concentrado no Norte do Estado”, afirma o presidente da companhia, Fabio Schettino.

A rota é o principal negócio da Hidrovias do Brasil. O trajeto começa de caminhão,saindo de Mato Grosso até uma estação de transbordo em Miritituba (PA). De lá, a carga segue por hidrovia até o Terminal de Uso Privado (TUP) de Vila do Conde (PA).

No ano passado, a movimentação na rota disparou. O volume transportado pela empresa subiu 46%, na comparação com 2019. A alta foi estimulada pela queda nos fretes rodoviários na BR-163, após o asfaltamento da via, no fim de 2019. A melhora nas condições da estrada deu mais competitividade ao Arco Norte.

Assim, a Hidrovias do Brasil pretende antecipar os investimentos na estrutura existente, já que a capacidade da rota está quase toda contratada. “É uma expansão mais rápida e barata. Ainda estamos dimensionando o projeto, mas seria possível duplicar a capacidade com 50% do investimento original”, diz ele.

Além disso, a companhia estuda criar novas rotas na região, possivelmente passando por cidades como Porto Velho (RO), Humaitá (AM), Itacoatiara (AM), Juriti (PA) e Santarém (PA).

A companhia também acompanha a situação da rodovia BR-163. O governo federal planeja conceder a estrada, no trecho entre Rondonópolis (MT) e Miritituba (PA), por um prazo de dez anos. O leilão está previsto para o terceiro trimestre de 2021. A empresa, que chegou a doar os estudos de viabilidade do projeto, não quer operar a rodovia, mas negocia entrar em um consórcio, com fatia minoritária.

A Hidrovias do Brasil também acompanha o projeto da Ferrogrão, ferrovia que o governo federal planeja construir do zero, entre Sinop (MT) e Miritituba (PA), em um trajeto paralelo ao da BR-163. Oempreendimento enfrenta a resistência de diversos grupos, mas tem sido tratado como prioridade pelo Ministério de Infraestrutura. A previsão é que o leilão seja feito no fim deste ano.

Fonte: Valor Econômico

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