Importação de defensivos agrícolas cresce 95% no Terminal de Contêineres de Paranaguá
set, 23, 2022 Postado porSylvia SchandertSemana202238
A TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, registrou um aumento de 95% na movimentação de defensivos agrícolas no período entre janeiro e agosto de 2022, em comparação com o mesmo período de 2021. Ao todo, foram importadas mais de 166 mil toneladas do produto. Desafios no comércio exterior, benefícios governamentais e estratégias dos importadores influenciaram no crescimento.
Entre as empresas que mais importaram defensivos agrícolas na TCP está a CHD’S do Brasil, que nos primeiros meses de 2022 aumentou em 700% a compra deste tipo de produto em comparação com o mesmo período de 2021. De acordo com a diretora sócia da CHD’S, Leila Zorzetto, “o principal motivo do aumento de importação foi nosso crescimento no mercado e a ampliação de nosso portfólio com a aprovação de novos registros”.
As crescentes liberações realizadas pelo governo federal, autorizando a importação de novos defensivos agrícolas, contribuíram para o aumento de movimentações do setor. Segundo o Ministério da Agricultura, só em 2021 foram 562 produtos do tipo autorizados. Outro motivo para a disparada das importações é o clima seco, que torna o ambiente propício para proliferação de pragas e insetos.
Importação por Paranaguá
Os principais clientes importadores de defensivos agrícolas da TCP movimentaram, juntos, um total de 11.382 TEUs em 2022. O número é quase o dobro de 2021, que registrou movimentação de 5.851 TEUs de janeiro a agosto. Segundo Giovanni Guidolim, gerente comercial e de atendimento da TCP, a pandemia reduziu a oferta de matérias primas no mercado.
De acordo com dados do Sindiveg, o mercado de defensivos agrícolas no Paraná representou 10% da aplicação total brasileira no primeiro semestre de 2022. O estado aplicou mais de US$ 630 milhões em insumos no período, valor 12% maior em relação ao mesmo período do ano anterior — algo motivado tanto pela incidência de insetos e plantas daninhas como pelo aumento de área plantada e por antecipação de compras e sazonalidade.
“Apesar do Paraná ter aumentado em 12% o valor adquirido do produto, na TCP verificamos um crescimento de 95% no volume movimentado. O motivo disso é que temos empresas de diversos estados optando por Paranaguá pelas condições de infraestrutura exclusivas para armazenagem de carga IMO que oferecemos, além do maior pátio para contêineres e melhores condições comerciais do Brasil. A nossa franquia de 10 dias livres de armazenagem concede mais flexibilidade às empresas, e vem de encontro com a tendência de maior estocagem deste mercado,” comenta Guidolim.
Segundo o Sindiveg, a tendência para os próximos meses é de intensificar a importação de matérias-primas. “Em razão do agravamento dos desafios sanitários causados por pragas e doenças, não só o Paraná, mas todos os estados brasileiros, devem manter intensa aquisição de produtos para a safra 2022/2023”, prevê Eliane Kay.
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