
Importação de lácteos cresce 30%, mesmo com dólar mais valorizado
jul, 08, 2022 Postado porSylvia SchandertSemana202227
No mês passado, mesmo com a alta do dólar, o volume de importação de lácteos foi 30% superior ao de maio e ficou quase 20% acima das compras de junho de 2021, de acordo com dados elaborados pela consultoria Milkpoint Mercado a partir de informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). As compras do país no último mês somaram 83,2 milhões de litros em equivalente leite. Queijos e leite em pó integral foram os artigos que o país mais importou.
Já as exportações somaram 7,8 milhões de litros no mês passado, um recuo de quase 60% na comparação com junho de 2021. Leite condensado e UHT lideraram os embarques. Com isso, a balança comercial do setor teve déficit de 75 milhões de litros em equivalente leite em junho – cerca de 40% mais do que há um ano.
Veja abaixo o histórico de exportação de produtos lácteos do Brasil de janeiro de 2019 a maio de 2022. Os dados são do DataLiner.
Exportações de Laticínios | Janeiro 2019 – Maio 2022 | TEU
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
O produto importado deve continuar ganhando força nos próximos meses, e a janela para exportações deve se manter fechada, dizem os analistas da consultoria. A oferta mais restrita de matéria-prima nas fazendas e o recuo dos preços internacionais – que seguem em patamares elevados, mesmo com a queda – contribuíram para o aumento das importações.
Entre os elementos de pressão sobre a cotações está o declínio da demanda chinesa – o país é um dos maiores compradores globais desses produtos. A China reduziu o ritmo de importações devido à política de controle da covid 19, afirma a consultoria. O temor com a recessão global é outro fator que pesa sobre os preços.
Na última semana, a plataforma Global Dairy Trade (GDT), uma das referências para as cotações no mercado externo, indicou recuo de 4,1% no preço médio da tonelada de derivados, para US$ 4,360 mil. Ainda assim, o valor está acima das cotações de pouco mais de um ano atrás, quando o índice estava em US$ 4 mil a tonelada.
No Brasil, a produção e o consumo seguem sem vigor. Conforme indicou recentemente o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os laticínios captaram 5,9 bilhões de litros no primeiro trimestre, ou 10,3% menos do que no mesmo período de 2021.
O aumento dos custos de produção e a inflação aproximam os preços dos derivados de níveis históricos no mercado interno. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, Esalq/USP), o preço do leite pago aos produtores no campo acumulou valorização real de 20,6% neste ano.
A escassez de chuvas é um dos fatores para o aumento dos preços, mas os economistas do Cepea dizem em seu boletim mais recente que “não seria exagero” afirmar que o principal responsável pela elevação é a alta dos custos de produção. O custo operacional efetivo da atividade subiu 56% entre janeiro de 2019 e maio deste ano.
Fonte: Valor Econômico
Para ler o texto original completo acesse: https://valor.globo.com/agronegocios/noticia/2022/07/08/importacao-de-lacteos-cresce-30-mesmo-com-dolar-mais-valorizado.ghtml
-
Fruta
jan, 15, 2025
0
Exportação de Suco de Laranja do Brasil Cai 20% em Volume nos Primeiros 6 Meses de 2024/25
-
Açúcar e Ethanol
ago, 17, 2020
0
Brasil recupera posto de maior fornecedor de açúcar à China
-
Portos e Terminais
abr, 15, 2020
0
Desestatização do Porto de Itajaí (SC) será estruturada pela EPL
-
Carnes
jul, 07, 2023
0
Carne bovina: Mesmo com embargo à China, volume exportado no 1º semestre de 2023 é o segundo maior da história