Brazilian fertilizer imports / Importações brasileiras de fertilizantes
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Importações de fertilizantes crescem 18% em 2021

fev, 15, 2022 Postado porSylvia Schandert

Semana202207

As crescentes exportações do agronegócio brasileiro nos últimos dois anos elevaram as importações de fertilizantes. Dados do DataLiner apontam que, em 2021, as importações do produto cresceram 18,1% em relação à 2020 que, por sua vez, havia dado um salto de 13,2% em relação à 2019.

Confira abaixo um gráfico das importações brasileiras de fertilizantes nos últimos quatro anos:

Importações Brasileiras de Fertilizantes | Jan-Dez 2018 a 2021 | WTMT

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)

Segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), o Brasil importa quase 85% do adubo que consome. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o estado do Mato Grosso foi o que mais importou fertilizantes no Brasil. Trata-se do maior produtor de grãos do País e  recebe o produto via portos de Santos e Paranaguá. O segundo estado brasileiro que mais importou fertilizantes foi o Rio Grande do Sul, seguido do Paraná, São Paulo e Minas Gerais.

Os dados do DataLiner apontam que o Porto de Paranaguá segue sendo a principal porta de entrada do produto no Brasil, mas outros portos vêm ganhando espaço. O Porto de Santos, por exemplo, aumentou sua participação nas importações, reduzindo de 8% para 5% a diferença em relação a Paranaguá.

Confira abaixo a participação de cada porto nas importações de fertilizantes em 2021 e 2022. Os dados são do DataLiner:

Importações Brasileiras de Fertilizantes por Porto| Jan-Dez 2021-2020 | WTMT

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)

Mudança de fornecedores

Ainda de acordo com os dados do DataLiner, além do aumento da demanda, outra mudança nesse mercado foi a origem do produto. A China, por exemplo, exportou 69,5% mais do produto ao Brasil em 2021 em comparação ao ano anterior, avançando sobre o nosso principal fornecedor, que é a Rússia, que vem limitando as exportações de adubos. Em novembro de 2021, por exemplo, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina foi ao país garantir o cumprimento dos contratos vigentes para fornecer os fertilizantes de potássio e fosfato.

Já no último dia 2, a Rússia suspendeu as exportações de nitrato de amônio (NAM), também usado como fertilizante. A Rússia, atualmente, é o maior produtor mundial de nitrato de amônio. Segundo informações da agência Tass, a decisão foi tomada pelo governo para garantir o abastecimento do mercado doméstico, especialmente nesta safra, que será antecipada por causa do clima. O Brasil importa cerca de 1,5 milhão de toneladas anualmente de NAM. Deste volume, aproximadamente 98% vêm da Rússia.

Confira abaixo as origens do fertilizante importado pelo Brasil nos últimos dois anos. Os dados são do DataLiner:

Principais origens dos fertilizantes importados pelo Brasil | 2021-2020 |WTMT

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)

Para 2022, o mercado de fertilizantes ainda encontra obstáculos. Apesar disso, segundo informações divulgadas pela CNN Brasil nesta terça-feira, 15 de fevereiro, o  governo federal já tem pronto um Plano Nacional de Fertilizantes com diretrizes para aumentar investimentos na produção e reduzir a dependência de cerca de 85% de importação do produto usado na agricultura.

Entre os países com larga escala de produção agrícola, o Brasil é o único sem autonomia no fornecimento de fertilizantes, o que parece um contrassenso dado o peso do agronegócio brasileiro no comércio internacional.

Fontes que participaram da discussão e da elaboração do plano confirmaram à CNN Brasil que um decreto presidencial deve ser publicado em breve com as principais diretrizes e metas de execução do projeto. O objetivo não será a autossuficiência do país, mas reduzir a 60% a importação de fertilizantes para tratamento das áreas de plantio.

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