Importações brasileiras via contêiner deslancham em julho
ago, 31, 2022 Postado porSylvia SchandertSemana202235
Em julho, as importações brasileiras via contêineres cresceram 5,2% em relação a julho de 2021, de acordo com dados recém-divulgados pela equipe de Business Intelligence da Datamar. Os números revertem uma tendência de queda que se mantinha desde o início do ano. Apesar disso, no acumulado de 2022, as importações ainda registram queda de 12,3%.
Vale destacar que, no primeiro semestre, problemas logísticos como o lockdown de portos chineses e o congestionamento dos portos americanos represaram cargas importadas pelo Brasil. São essas cargas, 226.059 TEUs, que chegaram em julho, melhorando os dados acumulados de importação via contêineres.
Confira abaixo dados mês a mês e acumulados dos sete primeiros meses do ano das importações brasileiras via contêineres. Os números são do DataLiner:
Importações brasileiras via contêineres (mês a mês) | Jan – Jul | 2019 – 2022| TEUs
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
Importações Brasileiras via contêineres (acumulado) | Jan –Jul | 2019 – 2022 | TEUs
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
Os dados do DataLiner apontam que no acumulado dos sete primeiros meses de 2022 cresceram as importações da Argentina (+25,5%), Marrocos (33,3%) e Costa Rica (+ 403,2%) em relação a igual período do ano passado. Por outro lado, caíram as importações da China (-10,9%), Estados Unidos (-21,7%), Rússia (-57,9%) e Ucrânia (-85,4%), entre outros, no mesmo comparativo. Essas duas últimas como reflexo do conflito entre os dois países.
Exportações
Já as exportações brasileiras via contêineres tiveram um movimento contrário às importações, caindo, em julho, 6,3% em relação a igual mês de 2021, conforme pode ser observado a seguir:
Exportações Brasileiras via contêineres (mês a mês) | Jan – Jul | 2019 – 2022| TEUs
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
No acumulado dos sete primeiros meses do ano, a queda é menor: -3% em relação ao período de janeiro a julho de 2021. Confira abaixo:
Exportações Brasileiras via contêineres (acumulado) | Jan – Jul | 2019 – 2022 | TEUs
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
Apesar da queda nos volume totais exportados via contêineres, no acumulado de janeiro a julho de 2022 houve um crescimento interessante na exportação para alguns países. Dados do DataLiner apontam que o Brasil exportou para o Iraque um volume 91% maior no acumulado dos sete primeiros meses de 2022 em relação a igual período em 2021.
Aos Emirados Árabes, o volume foi 21,7% maior. Ao Egito, os volumes cresceram 51%. Para a Argentina, os embarques foram 21,6% superiores ao acumulado de 2021.
Em contrapartida, e como era de se esperar, caíram os embarques para a Rússia (-57,3%) e para a Ucrânia (-78,5%), entre outros. Estados Unidos (-6,5%) e China (-11,7%), principais destinos dos produtos brasileiros vai contêineres também registraram queda.
Perspectivas
Para os próximos meses, o Boletim Focus, divulgado no último dia 26 de agosto pelo Banco Central projeta, que em 2022 a balança comercial brasileira feche o ano com um superávit de 68,06 bilhões de dólares. Já o câmbio deve fechar o ano em R$5,20 por dólar, de acordo com a projeção dos economistas consultados pelo Banco Central.
Nesta quarta-feira, 31 de agosto, a Fundação Getúlio Vargas divulgou que seu Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) caiu 4,2 pontos em agosto, para 116,6 pontos, menor nível desde abril deste ano (114,9 pts.).
O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) do FGV IBRE subiu 4,3 pontos em agosto, ao passar de 95,1 para 99,4 pontos. Na métrica de médias móveis trimestrais, o indicador subiu 2,0 pontos, no sexto resultado positivo consecutivo.
“A confiança do comércio voltou a subir em agosto. Ao contrário do que vinha ocorrendo em meses anteriores, a alta desse mês foi toda influenciada pela melhora das expectativas. A desaceleração da inflação, medidas de estímulo do governo e melhora da confiança do consumidor contribuem no ânimo dos empresários do setor com os próximos meses. Contudo, embora mais otimistas, isso não tem se refletido nas avaliações sobre o presente, já que pelo segundo mês consecutivo os indicadores que medem a demanda seguem em queda. Para os próximos meses ainda é possível imaginar resultados positivos, mas é necessária cautela considerando o ambiente macroeconômico ainda frágil e com alguma oscilação devido à proximidade das eleições”, finaliza Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE.
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