Importações crescem 65,9% nas duas primeiras semanas de dezembro
dez, 15, 2020 Postado porSylvia SchandertSemana202052
Dados divulgados no último dia 14 de dezembro pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia apontam que nas duas primeiras semanas de dezembro a balança comercial brasileira registrou um déficit de US$ 1,12 bilhão, como resultado de uma alta de 65,9% nas importações, que totalizaram US$ 8,93 bilhões, e queda de 1,5% nas exportações, para US$ 7,81 bilhões.A corrente de comércio brasileira alcançou US$ 16,74 bilhões até a segunda semana de dezembro, aumentando 25,8% na comparação com a média diária de dezembro de 2019.
No acumulado de janeiro até a segunda semana de dezembro, em relação ao ano de 2019, as exportações caíram 5,9% e somaram US$ 199,36 bilhões. As importações diminuíram 10,4% e totalizaram US$ 149,45 bilhões. Como consequência desses resultados, a balança comercial apresentou superávit de US$ 49,92 bilhões, com crescimento de 10,5%, e a corrente de comércio baixou 7,9%, atingindo US$ 348,81 bilhões.
Veja os dados completos da balança comercial
O crescimento das importações até a segunda semana de dezembro foi puxado pela alta de 80,9% nas vendas da Indústria de Transformação, que alcançaram US$ 8,60 bilhões. De outro lado, houve queda de 15,2% em Agropecuária, que somou US$ 0,15 bilhões, e de 70,3% na Indústria Extrativa, com US$ 0,13 bilhão.
Entre os produtos de Agropecuária, os destaques em importação foram arroz com casca, paddy ou em bruto (+665,1%), cacau em bruto ou torrado (+210.054%) e soja (+522,1%). Na Indústria Extrativa, houve altas nas compras de fertilizantes brutos, exceto adubos (+58,4%), minérios de cobre e seus concentrados (+26,4%) e minérios de alumínio e seus concentrados (+131,1%). Já na Indústria de Transformação, as principais altas foram de obras de ferro ou aço e outros artigos de metais comuns (+86,4%), torneiras, válvulas e dispositivos semelhantes para canalizações, caldeiras, reservatórios, cubas e outros recipientes (+66,3%) e plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes (+18.054,7%).
Apesar do crescimento no total das importações, a Secex registrou diminuição nas compras externas de trigo e centeio não moídos (-59,3%), cevada não moída (-49,4%) e produtos hortícolas, frescos ou refrigerados (-36,3%), na Agropecuária.
Na Indústria Extrativa, diminuíram as compras de outros minérios e concentrados dos metais de base (-40,3%), carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-36,4%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-87,3%).
Já na Indústria de Transformação, caíram as importações de óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (-21,3%), motores e máquinas não elétricos e suas partes, exceto motores de pistão e geradores (-95,9%) e veículos automóveis de passageiros (-71,4%).
Exportações
Do lado das exportações, o recuo até a segunda semana de dezembro foi influenciado pelas quedas de 15,6% nas vendas de Agropecuária, que somaram US$ 1,08 bilhão, e de 4,2% na Indústria Extrativa, com US$ 2,04 bilhões. Já na Indústria de Transformação, houve alta de 3,8%, chegando a US$ 4,66 bilhões.
A retração das exportações foi puxada, principalmente, pela queda nas vendas de animais vivos, não incluindo pescados ou crustáceos (-76,2%), arroz com casca, paddy ou em bruto (-99,8%) e soja (-90,3%) na Agropecuária; minérios de cobre e seus concentrados (-14,8%), minérios de alumínio e seus concentrados (-65,5%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos crus (-44,4%) na Indústria Extrativa; farelos de soja e outros alimentos para animais, excluídos cereais não moídos, farinhas de carnes e outros animais (-28,9%), celulose (-30,1%) e aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (-41,2%) na Indústria de Transformação.
Por sua vez, houve aumento nas vendas de milho não moído, exceto milho doce (+43,6%), café não torrado (+33,6%) e algodão em bruto (+27,2%) na Agropecuária; outros minerais em bruto (+23,1%), minério de ferro e seus concentrados (+80,1%) e minérios de níquel e seus concentrados (+126.996.611%) na Indústria Extrativa; açúcares e melaços (+156,7%), alumina (óxido de alumínio), exceto corindo artificial (+74%) e óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (+90,0%) na Indústria de Transformação.
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