Importações de calçados disparam em 2024, aponta Abicalçados
jan, 09, 2025 Postado porDenise VileraSemana202502
O mercado brasileiro de calçados registrou um aumento expressivo nas importações ao longo de 2024, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). Apenas em dezembro, mais de 3,2 milhões de pares entraram no Brasil, gerando um gasto de US$ 42,65 milhões. Isso representa altas de 75% em volume e 46,5% em receita em relação ao mesmo mês de 2023. No acumulado do ano, as importações totalizaram 35,8 milhões de pares e US$ 477,72 milhões, um crescimento de 26,3% em volume e 7,9% em receita comparado a 2023.
Os países asiáticos mantiveram a liderança como principais fornecedores de calçados para o Brasil, respondendo por mais de 80% das importações. O Vietnã exportou, em dezembro, 887,8 mil pares de calçados por US$ 16,68 milhões, registrando aumentos de 56% em volume e 42,2% em receita em relação ao mesmo mês de 2023. No acumulado do ano, as importações do país asiático chegaram a 11,9 milhões de pares e US$ 224 milhões, altas de 25% e 5,2%, respectivamente. A China enviou 860 mil pares ao Brasil em dezembro, gerando US$ 3,9 milhões, o que representa incrementos de 105,8% em volume e 48% em receita. No acumulado de 2024, foram 9,8 milhões de pares e US$ 40,2 milhões, com um crescimento de 4% em volume, mas uma queda de 16% em receita, devido ao preço médio mais baixo (US$ 4,06, com redução de 19%), sugerindo práticas de dumping. A Indonésia também teve destaque, enviando 846,74 mil pares em dezembro, o equivalente a US$ 13 milhões, um aumento de 105,8% em volume e 48% em receita. No total do ano, as importações do país somaram 6,8 milhões de pares e US$ 110,26 milhões, um crescimento de 52% em volume e 26% em receita.
Dê uma olhada no gráfico abaixo e descubra como foi a evolução mês a mês das importações de calçados em contêineres no Brasil. Essas informações vieram do DataLiner.
Importações de Calçados | Jan 2021 – Nov 2024 | TEUs
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
Além dos grandes fornecedores tradicionais, novos players asiáticos, como Camboja, Índia, Mianmar e Bangladesh, ampliaram sua participação no mercado brasileiro. Juntos, esses países exportaram mais de 2,5 milhões de pares em 2024, um aumento de 56% em relação ao ano anterior. Essa mudança é atribuída à busca por menores custos de produção e à tentativa de driblar a tarifa antidumping aplicada ao calçado chinês, atualmente em US$ 10,22 por par, além da tarifa de importação. Segundo Haroldo Ferreira, presidente-executivo da Abicalçados, os dados foram apresentados ao Governo Federal, que se comprometeu a analisar o caso.
Na contramão das importações, as exportações de calçados brasileiros sofreram retração em 2024. Em dezembro, foram embarcados 7,83 milhões de pares por US$ 72,4 milhões, um aumento de 5,4% em volume, mas com uma queda de 1,4% em receita em relação ao mesmo mês de 2023. No acumulado do ano, as exportações somaram 97,45 milhões de pares e US$ 976 milhões, com quedas de 17,7% em volume e 16,4% em receita na comparação com 2023.
O Rio Grande do Sul se manteve como a principal origem das exportações, com 32,28 milhões de pares enviados ao exterior por US$ 485,36 milhões, embora tenha registrado quedas de 8,6% em volume e 10,9% em receita em relação a 2023. O Ceará, com 30,2 milhões de pares e US$ 199,3 milhões exportados, apresentou recuos de 17,5% e 25%, respectivamente. São Paulo fechou o ranking dos maiores exportadores com 5,84 milhões de pares e US$ 91,26 milhões, registrando retrações de 23% em volume e 16,7% em receita.
Os Estados Unidos foram o principal destino das exportações brasileiras em 2024, recebendo 10,28 milhões de pares por US$ 216,3 milhões, o que representou quedas de 3,3% em volume e 4,8% em receita em relação a 2023. A Argentina, com 12,6 milhões de pares exportados e receita de US$ 201,54 milhões, também registrou retrações de 10,5% e 10%, respectivamente. Já o Paraguai importou 8,34 milhões de pares, gerando US$ 42,7 milhões, uma queda de 20,6% em volume e 13,5% em receita.
Fonte: Rádio Guaíba
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