
Índia e seis vizinhos assinam pacto de comércio marítimo para evitar tarifas de Trump
abr, 04, 2025 Postado porSylvia SchandertSemana202514
Um grupo de sete nações da Baía de Bengala assinaram na quinta-feira um acordo de cooperação em transporte marítimo que impulsionará a conectividade e o comércio regionais.
O pacto foi assinado na capital da Tailândia, Bangcoc, durante encontro de ministros das Relações Exteriores de países da Iniciativa da Baía de Bengala para Cooperação Técnica e Econômica Multissetorial (Bimstec): Índia, Tailândia, Mianmar, Bangladesh, Butão, Nepal e Sri Lanka.
A assinatura “coincide com as tarifas”, disse Nikorndej Balankura, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Tailândia, aos repórteres, referindo-se à imposição de tarifas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“Isso destaca ainda mais urgência e importância para nosso esforço de conectar e facilitar o transporte de pessoas, bens e serviços por meio de transporte multimodal.”
Mas ele disse que não houve discussão sobre as novas taxas anunciadas por Trump durante a reunião ministerial.
Os detalhes do acordo Bimstec, como a forma que as nações adotarão para elevar a conectividade regional, ainda não foram revelados.
“Estamos pressionando por toda a conectividade, seja terrestre, marítima ou aérea”, disse o porta-voz, acrescentando que os membros estão atualmente tentando conectar mais de uma dúzia de portos no Sri Lanka, Índia, Bangladesh, Mianmar e Tailândia.
As novas tarifas dos Estados Unidos são “um chamado para todos falarem sobre como podemos consolidar nosso esforço de conexão, e temos que falar sobre uma área de livre de comércio”.
Entre as nações Bimstec, Mianmar e Sri Lanka foram atingidas com taxas tarifárias recíprocas dos Estados Unidos de 45% e 44%, respectivamente, as mais altas do grupo. A taxa para Bangladesh e Tailândia foi de 37%. Para a Índia, 27%.
Shrabana Barua, professor associado da Jindal School of International Affairs na Índia, disse ao “Nikkei Asia” que o pacto “reflete muito positivamente para o grupo e para o comércio intrarregional em geral”, principalmente da perspectiva da Índia, cuja maior parte do comércio na área do Bimstec e no Sudeste Asiático é marítimo.
Questionado sobre um prazo para fimizar a negociação de um acordo comercial do Bimstec, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Tailândia disse que os ministros concordaram que um pacto comercial “deveria ser concluído na primeira oportunidade”. A imposição de tarifas recíprocas por Washington, disse ele, é oportuna em termos do grupo discutindo a importância de uma área de livre comércio.
Raj Kumar Sharma, pesquisador sênior do centro de estudos NatStrat, sediado em Nova Déli, disse que as medidas tarifárias dos Estados Unidos provavelmente vão acelerar as negociações do Bimstec para um acordo de livre comércio.
“Isso empurrará os países da região ao encontro de soluções locais para a interrupção global causada pelo fascínio de Trump pelo uso de tarifas como arma contra até mesmo os países amigos”, disse ele ao “Nikkei Asia”.
Fonte: Valor Econômico
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