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Indústria naval paraguaia passa por dificuldades

ago, 06, 2019 Postado porSylvia Schandert

Semana201933

A indústria naval paraguaia não está passando pelo seu melhor momento no país, em grande parte por conta da quedo do preço das commodities e, em especial do minério de ferro.

Guillermo Ehreke, proprietário do estaleiro La Barca del Pescador, afirma que a soja teve anos bons e ruins, o que não foi suficiente para resolver o problema do grande número de barcos parados, disponíveis para serem utilizados. “Além do fato da soja ser um produto sazonal – ela é transportada nos meses de janeiro, junho e julho – algumas safras não foram boas, fazendo com que o transporte não fosse utilizado totalmente, dentro de suas potencialidades”, afirmou.

Outro problema foi a diminuição na importação de combustíveis, que acabou impactando nas atividades de transporte. Só no primeiro semestre deste ano, o Paraguai importou 14% menos combustível que no ano anterior.

Quanto às cargas conteinerizadas, as frágeis economias da Argentina e do Brasil também afetaram as importações e exportações desses produtos.

Capacidade de Construção da Indústria Naval Paraguaia

Em relação à capacidade de construção da indústria naval paraguaia, Ehreke afirma que ela está intacta no ponto de vista da infraestrutura. Para o profissional, é necessário manter os recursos humanos atualizados e com salário pago.

Ele reconheceu que o Paraguai tem capacidade para processar entre 3 mil e 4 mil toneladas de aço por mês sem muito esforço, o que significa que pode construir seis grandes barcaças Jumbo sem problemas. Para ele, o ideal é que os futuros navios possam ser construídos no país, que tem qualidade e capacidade para isso.

Empresa brasileira investe na construção de embarcações

Enquanto isso, no Brasil, a companhia de navegação Posidonia, especializada nas atividades de cabotagem e longo curso, acaba de investir cerca de R$ 15 milhões na construção e na recuperação de duas embarcações, o Posidonia Bravo e o Santa Maria.

O Bravo é primeira embarcação da companhia construída com recursos próprios e chega para atuar em operações especiais de lavra e transporte de minerais no oceano. Com capacidade para transportar até 3 mil toneladas de carga, ele conta com sistema de descarte sustentável e bombas de dragagem com capacidade de 55 mil m3 diários.

Já a balsa de carga geral Santa Maria, que também apresenta capacidade para 3 mil toneladas e foi construída em 2005, passou por obras de recuperação e classificação para transportar carretéis de umbilicais (conexões flexíveis para transferência de óleo entre embarcações) na cabotagem.

A Posidonia deve encerrar 2019 com um faturamento de R$ 100 milhões, representando um acréscimo de 50% em relação ao ano anterior. De janeiro a junho deste ano, o volume de carga transportada pela companhia chegou a cerca de 500 mil toneladas.

Fontes: Paraguai Fluvial e Posidonia

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