Inteligência artificial identificará resíduos no canal do Porto de Santos
out, 15, 2024 Postado porSylvia SchandertSemana202440
Resíduos sólidos e líquidos serão detectados e monitorados por meio de inteligência artificial (IA) no canal do Porto de Santos, no Canal de Bertioga e no Rio Cubatão a partir do ano que vem. O dispositivo tecnológico está sendo desenvolvido pela startup DataOverSeas e os primeiros testes deverão ocorrer ainda no primeiro trimestre.
A DataOverSeas venceu o 1º ESG Challenge 2024, propondo uma solução inovadora para monitoramento e identificação de resíduos no estuário. A competição tecnológica foi realizada pela Autoridade Portuária de Santos (APS) em parceria com a Fundação Parque Tecnológico de Santos no final de julho.
Para desenvolver o sistema, a startup ganhou uma bolsa de incubação no Parque Tecnológico por 12 meses no valor de R$ 36 mil e constituiu um CNPJ. O prêmio foi destinado pela APS que terá o direito de uso dessa solução, mas o grupo terá a propriedade intelectual e o direito de comercialização.
Em nota, a APS explicou que a proposta é de “gestão e monitoramento de resíduos com uso de Inteligência Artificial (IA) no Porto de Santos. De forma simplificada, a ideia é a padronização da identificação, classificação e monitoramento dos resíduos, usando algoritmos de machine learning progressivos (sistemas de dados inteligentes), o que tornará a gestão de resíduos cada vez mais precisa e eficiente. A solução, uma vez desenvolvida, poderá ser usada não apenas no Porto de Santos, mas em qualquer terminal portuário do mundo”.
O sócio-fundador da DataOverSeas, Renato Marcio dos Santos, afirmou que a previsão é concluir o protótipo em março de 2025 e, a partir daí, iniciar os testes. “Nós faremos a coleta de dados e enviaremos os relatórios para a APS, para facilitar a gestão e a publicação das situações que envolvam os resíduos”, afirmou.
Santos explicou que “o aplicativo será de uso da comunidade portuária incluindo terminais, a APS e todos que diretamente tenham interesse no produto”, destacando que se trata de “um projeto pioneiro. Ainda não existe nada igual em nenhum porto do mundo”.
Já o presidente da Fundação Parque Tecnológico, Eduardo Bittencourt, disse que a instituição oferece a “estrutura para incubação” à startup. “Além de oferecermos salas de reuniões, coworking (escritório compartilhado) e auditório, a gente tem uma rede de especialistas que auxiliam em dúvidas do dia a dia, em abertura de oportunidades de mercado, contando com parceiros como o Sebrae por exemplo. O intuito é encurtar aprendizados para evitar erros de início de uma trajetória empreendedora”.
Bittencourt mencionou que o Parque Tecnológico tem “32 startups residentes, sendo seis focadas na economia azul (soluções para o mar, porto e turismo ecológico)”.
Sobre a relação Porto-Cidade, Bittencourt ressaltou que a Autoridade Portuária tem articulado a aproximação do Parque Tecnológicos e das startups às empresas portuárias, “que estão focadas em resolver os problemas operacionais do dia a dia”.
Fonte: A Tribuna
Clique aqui para ler o texto original: https://www.atribuna.com.br/noticias/portomar/inteligencia-artificial-identificara-residuos-no-canal-do-porto-de-santos-1.437550
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