Janeiro fecha com queda na importação, mas ainda é cedo para falar em tendência, diz AEB

Embora seja esperada uma queda nas importações este ano, em relação a 2022, ainda é cedo para se dizer que o recuo da média diária dos desembarques em janeiro já seja uma nova tendência, aponta José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

Os dados da balança comercial divulgados no último dia 01 pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic) mostram que as importações somaram US$ 20,4 bilhões, com queda de 1,7% na média por dia útil em relação a igual mês do ano passado. Já as receitas de exportação alcançaram US$ 23,1 bilhões, com alta de 11,7%, sob mesmo critério. O superávit no primeiro mês do ano alcançou US$ 2,7 bilhões. No ano passado houve um déficit abaixo dos US$ 100 milhões (-US$ 58,7 milhões).

Castro espera que em 2023 o superávit comercial alcance US$ 71 bilhões. Na sua projeção exportações e importações devem cair em relação ao ano passado, mas o superávit deve aumentar. Isso porque ele estima que as compras externas devem cair mais que os embarques no decorrer deste ano. É preciso esperar os resultados dos próximos meses para verificar as novas tendências, diz.

Em termos de preço houve aumento tanto em exportações quanto em importações, destaca. De acordo com dados da Secex, os preços médios dos produtos embarcados em janeiro subiram 5,6% em relação a igual período do ano passado. Nas importações, a variação foi parecida (alta de 5%), na mesma comparação. O comportamento foi diverso nos volumes, com alta de 9,5% nas exportações e queda de 1,6% nas importações, sempre no critério da média diária.

Para Castro, devem ficar no radar este ano o comportamento da safra de grãos, principalmente de soja, que pode favorecer volumes de exportação. Também se espera a evolução da economia doméstica chinesa, que deixou para trás a política de “covid zero”. Para Castro, ainda é cedo para falar sobre expectativa de elevação de exportação para o país asiático. Para ele, deve haver um caminho relativamente longo para a maior recuperação da demanda interna da China.

Fonte: Valor Econômico

Para ler a reportagem original, acesse: https://valor.globo.com/brasil/noticia/2023/02/01/janeiro-fecha-com-queda-na-importao-mas-ainda-cedo-para-falar-em-tendncia-diz-aeb.ghtml

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