JBS vê dificuldades na logística por coronavírus, mas aposta nas exportações à China
mar, 26, 2020 Postado porSylvia SchandertSemana202014
De acordo com reportagem publicada pela Reuters, a JBS, maior processadora de carne do mundo, acredita que a pandemia de coronavírus pode causar escassez de contêineres, interrupções nos portos e outros problemas logísticos, mas que as exportações devem permanecer fortes graças à demanda chinesa.
Em teleconferência de resultados nesta quinta-feira, dia 26 de março, executivos da JBS, que controla marcas como Seara e Swift, disseram que suas operações de exportação não foram afetadas por nenhuma interrupção como as que atingiram cargas congeladas em contêineres que chegaram à China nas últimas semanas e que apostam em seus relacionamentos de longo prazo com operadores logísticos para manter as exportações fluindo.
O presidente-executivo do grupo, Gilberto Tomazoni, disse que é muito cedo para avaliar o impacto total do coronavírus nas vendas de alimentos, mas observou que os fundamentos do mercado não mudaram, citando a forte demanda da Ásia por proteínas depois que a peste suína africana dizimou rebanhos no continente.
“A China dá sinais claros de recuperação. O tráfego nas principais rodovias subiu mais de 80% e compras da China voltaram fortes”, afirmou Tomazoni.
A JBS previu que os Estados Unidos suprirão 30% das necessidades de importação de carne suína da China em 2020, com as operações da empresa lá se beneficiando de acordos comerciais acertados por Washington com Japão, Coreia do Sul e China. Segundo ele, a China cortou em março, em cerca de um terço, tarifas de importação de carne suína e bovina dos EUA, que as tarifas sobre carne de frango também foram reduzidas na mesma proporção.
Os executivos da companhia afirmaram que peste suína africana gerou uma diferença de 20 milhões de toneladas entre a demanda e capacidade de produção de alimentos na Ásia e que mesmo com os aumentos de capacidade dos principais produtores em outras regiões essa diferença não será resolvida neste ano.
No último dia 25 de março, a empresa informou que seu lucro líquido no quarto trimestre de 2019 aumentou 332% em relação ao mesmo período do ano anterior, graças a um aumento nas vendas para a China, que elevou as importações de alimentos drasticamente após a epidemia de peste suína africana. O lucro líquido do quarto trimestre totalizou 2,43 bilhões de reais.
Fonte: Reuters
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