Leilão Portos: Origem Energia Canoas desbanca a Petrobras e vence disputa por terminal em Maceió

O governo federal realizou, nesta sexta-feira (11), o leilão de quatro terminais portuários, nos portos de Maceió e Fortaleza. Havia um quinto terminal previsto na licitação, do terminal POA01, no Porto de Porto Alegre, porém, a concorrência foi suspensa, por falta de propostas.

Na primeira rodada, a Origem Energia Canoas, empresa controlada pela gestora Prisma Capital, venceu a disputa pelo terminal de granéis líquidos MAC 11A, no Porto de Maceió. O grupo ofereceu uma outorga de R$ 41 milhões, o que representa um ágio de 171,22% sobre o mínimo fixado em edital de R$ 15,1 milhões.

Com a vitória, o grupo terá que fazer cerca de R$ 46,5 milhões em investimentos, por um prazo de 25 anos. Além da empresa, participou da disputa a Petrobras, que ofertou outorga de R$ 32,2 milhões, ágio de 112,96%.

Hoje, o terminal é operado pela Transpetro. Com o objetivo de ampliar a concorrência no porto, a área foi dividida entre o MAC 11 e o MAC 11A, e foram estabelecidas regras para impedir a associação entre empresas do setor no novo leilão. A Petrobras chegou a pedir a impugnação do edital, questionando pontos da licitação, mas teve seu pedido negado.

Já na disputa pelo terminal de granéis líquidos MAC 11, também no Porto de Maceió, a vencedora foi a Vibra Energia. O grupo ofereceu uma outorga de R$ 60 milhões, sendo que o valor mínimo exigido pelo edital era um montante simbólico de R$ 1. Com a vitória, terá que fazer cerca de R$ 21 milhões em investimentos, por um prazo de 25 anos.

Além da empresa, participou da disputa a Ipiranga, que fez uma oferta de R$ 48 milhões. A concorrência chegou a ir para a etapa de viva-voz, mas a empresa manteve sua proposta inicial.

Antes da licitação, a Ipiranga chegou a pedir a impugnação da concorrência, questionando pontos do edital; entre eles, a cláusula que impediu a formação de consórcio entre distribuidoras. O pedido, porém, foi negado.

Mas na disputa seguinte — pelo terminal de granéis líquidos MAC 12, também no Porto de Maceió — a Ipiranga saiu vencedora. O grupo ofereceu uma outorga de R$ 107 milhões, após longa disputa de viva-voz.

Com a vitória, o grupo terá que fazer cerca de R$ 37,6 milhões em investimentos, por um prazo de 25 anos.

Além da empresa, participaram da disputa outros dois grupos: a Stronghold Infra Investments, que chegou a uma oferta de R$ 106 milhões, após disputa por viva-voz contra a Ipiranga, e a Vibra fez oferta de R$ 34 milhões — a empresa se credenciou para a etapa de viva-voz, mas manteve sua proposta inicial.

Trata-se de um terminal que já é operacional atualmente, com a atuação de um consórcio de distribuidoras, formado por Ipiranga, Petrobras e Raízen.

Por fim, o Terminal Marítimo de Passageiros (TMP), localizado no Porto do Mucuripe, na capital cearense, foi arrematado pela Aba Infraestrutura e Logística. A empresa fez uma oferta de R$ 100 mil pelo ativo.

O terminal será operado pelo grupo por 25 anos e deverá receber R$ 3,2 milhões de investimentos.

Um segundo proponente havia apresentado oferta, a Smart Construtora e Administradora. Porém, a garantia de proposta da empresa estava em desacordo com as normas do edital e, por isso, a empresa não foi habilitada a participar.

O terminal foi construído pelo governo federal, no âmbito do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), como parte das obras para a Copa do Mundo de 2014. Hoje, o potencial previsto para o local inclui a movimentação de cruzeiros e o uso da estrutura para eventos.

Fonte: Valor Econômico

Para ler a reportagem original completa, acesse: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/08/11/leilao-portos-origem-energia-canoas-desbanca-a-petrobras-e-vence-disputa-por-terminal-em-maceio.ghtml

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