Liberado o primeiro trecho das obras no Cais da Gamboa do Porto do Rio de Janeiro

Foi concluído o primeiro trecho das obras de ampliação e modernização do Cais da Gamboa no Porto do Rio de Janeiro. O trecho disponibilizado foi inaugurado com a atracação do navio BBC Plata, na noite da última sexta-feira (15). No sábado (16), o embarque de produtos siderúrgicos (tubos) para exportação teve início, com previsão de uma operação de sete dias antes de seguir para o Oriente Médio.

De acordo com a Gerência de Acesso Aquaviário do porto, o navio BBC Plata, com um comprimento de 138 metros, chegou ao Porto do Rio de Janeiro com um calado de 6,5 metros e, após o carregamento, deixará o local com um calado de 8,1 metros.

O Cais da Gamboa, inaugurado em 1910, é uma das áreas mais antigas do Porto do Rio de Janeiro. As obras estruturais, com um investimento de R$120 milhões, tiveram início no ano passado, com o objetivo de viabilizar o aprofundamento dos berços de atracação e a operação de navios de maior porte.

Segundo informações da área de Engenharia da PortosRio, o projeto abrange uma extensão total de 600 metros do cais, dos quais 200 metros foram agora liberados, enquanto 290 já foram concluídos. A conclusão de todas as obras está programada para o primeiro semestre de 2024.

Após a modernização do Cais da Gamboa, a Autoridade Portuária planeja realizar a dragagem do trecho, abrindo oportunidades para novos negócios. O aumento do calado operacional dessa área possibilitará uma melhor utilização da infraestrutura e a captação de novas cargas e linhas de navegação.

Leandro Lima, superintendente de Gestão Portuária do Rio de Janeiro e Niterói, destaca que essas obras representam um avanço significativo para o Porto do Rio de Janeiro. Ele prevê melhor desempenho no uso da retroárea, na logística de transporte interno e na segurança das operações, com a expectativa de atrair um maior volume de cargas: “Esse trecho do Cais da Gamboa tem um grande potencial para movimentar diversos tipos de carga geral e granéis, como trigo, ferro gusa, concentrado de zinco e cargas de apoio às atividades offshore, entre outras. Com a modernização do cais e o aprofundamento do acesso aquaviário, a diversificação e a rentabilidade do mix de cargas podem até dobrar a demanda.”

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