Maersk diz que retomará o transporte marítimo no Mar Vermelho

A gigante global do transporte marítimo, Maersk, retomará as operações no Mar Vermelho após suspender as atividades no local devido a ataques de rebeldes houthis apoiados pelo Irã a navios comerciais.

A empresa dinamarquesa anunciou no domingo (24/12) que retomaria os envios no Mar Vermelho e no Golfo de Aden após o estabelecimento de uma nova operação de segurança liderada pelos EUA para proteger a área.

A Operação Prosperity Guardian permitirá novamente que os navios de carga passem pela área, afirmou a Maersk em comunicado, caracterizando-a de “notícia muito bem-vinda para toda a indústria e, de fato, para a funcionalidade do comércio global”.

A operação multinacional de segurança inclui o Reino Unido, Bahrein, Canadá, França, Itália, Países Baixos, Noruega, Seychelles e Espanha.

Algumas das maiores empresas do mundo, incluindo a gigante do petróleo BP, recentemente afirmaram que estavam suspendendo suas operações no Mar Vermelho, também evitando o Canal de Suez, devido a ataques a navios comerciais pelos houthis, que afirmaram ser uma retaliação contra Israel por sua campanha militar contra o Hamas em Gaza.

Entre 10% e 15% do comércio global — e 30% do comércio de contêineres — passa pela hidrovia que conecta o Mar Vermelho ao Mar Mediterrâneo.

Alguns navios já estavam sendo redirecionados ao redor do sul da África, levantando preocupações em relação a um potencial fechamento efetivo do Canal de Suez que aumentaria os custos e os prazos de entrega.

A Maersk havia desviado a rota de seus navios do Mar Vermelho no início deste mês e introduzido novas tarifas para transportar mercadorias ao longo de rotas mais longas como resultado da interrupção.

Em seu comunicado de domingo, a empresa disse que estava preparando seus primeiros navios para retomar a passagem pelo Mar Vermelho “tão logo operacionalmente possível”.

“Enquanto fazemos isso, garantir a segurança de nossos funcionários é de extrema importância e nossa principal prioridade ao lidar com a situação desafiadora”, acrescentou a empresa.

Ela enfatizou que, embora a segurança esteja sendo reforçada, “o risco geral na área ainda não foi eliminado neste estágio”.

“A Maersk não hesitará em reavaliar a situação e, mais uma vez, iniciar planos de desvio se considerarmos necessário para a segurança de nossos marinheiros”, disse a empresa, acrescentando que compartilhará detalhes sobre o novo arranjo nos próximos dias.

Fonte: CNN

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