Maersk prevê investimento de R$ 5,2 bi em terminais até 2026
maio, 10, 2023 Postado porGabriel MalheirosSemana202322
A APM Terminals, do grupo Maersk, planeja investir no Brasil, por meio de seus terminais portuários, R$ 5,2 bilhões até 2026, segundo o presidente global da companhia, Keith Svendsen durante sua visita ao país realizada nesta semana.
Hoje, uma das prioridades da empresa é tirar do papel a renovação antecipada de seu terminal no Porto de Santos, o BTP (Brasil Terminal Portuário), operado em sociedade com a TIL (subsidiária do grupo MSC). A companhia negocia com o governo federal a prorrogação do contrato, que venceria em 2027, por mais 20 anos.
Em troca, a ideia é fazer obras para ampliar e modernizar o terminal, com investimentos de no mínimo R$ 1,54 bilhão – valor que poderá ser maior, já que a ideia da BTP é fazer intervenções adicionais às obrigatórias. O montante poderá chegar a R$ 2,2 bilhões, já nos próximos cinco anos, segundo o grupo.
Veja abaixo as exportações e importações de cargas conteinerizadas registradas no terminal BTP de janeiro de 2019 a março de 2023. Os dados são do DataLiner.
Movimentação de cargas conteinerizadas na BTP | jan 2019 – mar 2023 | TEU
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
Na avaliação de Svendsen, há hoje uma necessidade urgente de investimentos no Porto de Santos, tanto para garantir o aprofundamento do canal de acesso – o que irá permitir a entrada dos novos navios, de maior porte e mais eficientes -, quanto para ampliar a capacidade do complexo portuário, que, segundo ele, está perto do limite.
“O porto está 92% cheio hoje. Globalmente, quando um porto atinge 80% de sua capacidade, a operação já fica difícil. Acreditamos que seria preciso dobrar a capacidade de Santos no futuro. Para fazer isso, muitos projetos precisam ser feitos. No curto prazo, nosso foco principal é ampliar a capacidade do terminal [BTP]”, afirmou o presidente.
Para além da ampliação do BTP, a APM tem interesse em um novo terminal de contêineres no porto, o STS 10, localizado em área contígua a seu terminal com a TIL.
No governo passado, a polêmica sobre o terminal se deu justamente em torno da participação da APM e da TIL no leilão. Pela regra definida em 2022, as empresas poderiam disputar individualmente, mas não juntas, como na BTP. Ainda assim, outros operadores portuários se queixaram da possibilidade de os grupos concorrerem e manifestaram temor quanto a possibilidade de concentração de mercado. Ao fim, a licitação acabou não saindo e agora está em reavaliação.
Atualmente, para além da BTP, a APM já opera cinco terminais portuários no Brasil: Itajaí (SC), Itapoá (SC), Paranaguá (PR), Rio Grande (RS) e Pecém (CE).
Além disso, o grupo se prepara para construir um novo terminal em Suape (PE), em uma área do Estaleiro Atlântico Sul (EAS) que está em fase final de aquisição. O investimento total previsto é de R$ 2,6 bilhões. Para a primeira etapa – contemplada no plano de R$ 5,2 bilhões do grupo -, a ideia é alocar R$ 1,6 bilhão no terminal, que será construído desde o zero.
Para além dos dois grandes investimentos – em Santos e Suape -, o pacote de investimentos da companhia para o Brasil também prevê multiplicar por cinco a capacidade de armazenagem no Nordeste e Sudeste do país, além de realizar melhorias no terminal de Itapoá, em logística e serviços.
Fonte: Valor Econômico
Para ler a matéria completa, acesse: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/05/10/maersk-preve-investimento-de-r-52-bi-em-terminais-ate-2026-1.ghtml
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