Maior exportadora de carne de pato da América do Sul espera crescer 30% em 2024
dez, 21, 2023 Postado porGabriel MalheirosSemana202346
A Villa Germania, maior produtora e exportadora de carne de pato da América do Sul, espera elevar seu faturamento em mais de 30% em 2024, alcançando R$ 200 milhões, com a estratégia que ganhou força este ano: a ampliação do portfólio com outras proteínas “premium”. A carne de pato continua sendo o carro-chefe da empresa controlada pela holding XWR Investimentos, mas outros itens — como codorna, carne de frango e de suíno orgânicas — têm ganhado importância nos resultados.
Os principais clientes dessas novas proteínas com maior valor agregado, por ora, são os restaurantes de chefs renomados das capitais, que exigem qualidade e frequência no fornecimento, mas o plano da Villa Germania é chegar ao mercado externo, especialmente o da Europa, a partir de janeiro de 2026.
Para isso, a empresa pretende investir R$ 15 milhões no próximo ano na construção de um centro de armazenamento e abastecimento na área da empresa em Indaial. O objetivo é reduzir custos de logística com transporte para o porto de Itajaí (SC), onde são embarcados os contêineres.
Neste ano, as exportações — sobretudo carne de pato — da Villa Germania cresceram 20%, para R$ 80 milhões, com o maior apetite do Japão e a abertura do mercado de Hong Kong, segundo Moser. O faturamento total, considerando também o mercado doméstico, deve fechar em R$ 150 milhões.
“A Arábia Saudita segue como nosso maior mercado com embarques de quatro a cinco contêineres de 25 mil toneladas cada um por mês, mas houve a volta do exigente mercado japonês, que foi nosso principal comprador de 2004 a 2016, a abertura de Hong Kong e o aumento de embarques para países da América Latina como México e Chile”, elenca Moser.
A empresa abate 17 mil aves por dia e exporta patos inteiros principalmente, mas também cortes processados para 25 países e muitos deles, mesmo os não muçulmanos como o Japão, pedem o abate halal, certificado há muitos anos na planta em Indaial.
Outro movimento ambicioso previsto para 2024 é a prospecção do mercado chinês. Moser embarca para a China, que tem o pato como um ícone de sua culinária, em maio do próximo ano. A empresa também vai investir na certificação de abate kosher para vender carne de pato para Israel.
Da produção total de 5 mil toneladas anuais de carne de pato, 75% são destinadas à exportação. Para aumentar a capilaridade no mercado doméstico, a empresa reformulou seu departamento de vendas, segundo o executivo.
O gráfico abaixo mostra as exportações de carne de pato do Brasil (sh 02073000; 02073200; 02073500; 02073600; 02074000) de janeiro de 2019 a outubro de 2023. Os dados são do DataLiner.
Exportações de Pato do Brasil | Jan 2019 – Out 2023 | WTMT
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
A Villa Germania ingressou na produção de codornas em 2022, quando a XWR Investimentos comprou a Good Alimentos, líder nacional do segmento com a marca Codornas do Chef, e as duas empresas foram integradas.
Em janeiro deste ano, a empresa obteve habilitação para exportar à Arábia Saudita e já está enviando um contêiner por mês ao país. No próximo ano, o frigorífico deve receber R$ 2 milhões em investimentos para a construção de mais galpões. Além disso, a empresa também passará a trabalhar com produtores integrados, como já faz com o pato.
Além dessas proteínas, a Germania comercializa também carnes de galinha d’angola, frango caipira, cordeiro, cabrito e carnes importadas de bacalhau português, coelho ibérico e picanha australiana. Desde 2022, a empresa também exporta carcaça, fígado e outros itens compulsórios de pato para a produção de ração pet na Alemanha, Inglaterra e Holanda, além de penas para a fabricação de travesseiros em Portugal.
Fonte: Globo Rural
Clique aqui para acessar a matéria completa: https://globorural.globo.com/negocios/noticia/2023/12/maior-exportadora-de-carne-de-pato-da-america-do-sul-espera-crescer-30percent-em-2024.ghtml
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