Mau tempo interrompe navegação por 20 horas no Porto de Santos e afeta 23 navios
maio, 20, 2022 Postado porSylvia SchandertSemana202220
O Porto de Santos, maior complexo portuário do País, ficou com sua navegação paralisada por aproximadamente 20 horas, entre os dias 18 e 19, devido ao mau tempo que colocou a navegação em risco na região. A interrupção refletiu em 23 reagendamentos de programações de navios – 13 saídas e 10 entradas.
De acordo com a Santos Port Authority (SPA), estatal que administra o complexo portuário santista, as operações em terra não sofreram impactos por conta da suspensão da navegação no Canal do Estuário, que aconteceu entre 13h55 do dia 18 e 9h50 do dia seguinte.
A Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) informou que a volta das atividades aconteceu devido à melhora das condições climáticas no fim da manhã do dia 19, com redução da intensidade do vento para 5,5 km/h, das rajadas para 33 km/h e das ondas para 2,6m.
O diretor-executivo do Sindicato das Agências de Navegação Marítima de São Paulo (Sindamar), José Roque, explica que a paralisação na entrada e saída de navios é essencial em certas condições climáticas. “Além de resguardar a segurança da navegação e tripulação, esse procedimento visa evitar algum acidente que poderá até impedir a movimentação dos navios no canal de entrada”.
Ele também detalha que a interrupção causa reflexos importantes no setor portuário, pois atinge a programação de escalas das embarcações em outros portos, atrasando as operações de navios. Dessa forma, Roque ressalta que os fenômenos da natureza acabam se tornando mais uma preocupação na logística global de transportes marítimos.
“Os navios já estão sendo atingidos em suas programações desde o surgimento do coronavírus e, atualmente, com o fechamento do Porto de Xangai, na China, além da guerra entre a Rússia e Ucrânia”.
De acordo com ele, esses fatores contribuem para que novas programações sejam feitas na tentativa de minimizar impactos operacionais e manter o compromisso dos clientes no transporte de mercadorias. Diante desse cenário, aponta Roque, alguns armadores já estão reduzindo o número de escalas em Santos.
Fonte: A Tribuna
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