Melhorias na infraestrutura do Brasil fecham lacuna logística nas exportações de soja

Em muitos dos anos até 2020, foi cerca de duas vezes mais caro para a China – o principal importador – comprar soja brasileira em vez de americana. Mas problemas de logística nos EUA, melhorias nos portos e na infraestrutura de abastecimento do país sul-americano, além de um dólar forte, quase eliminaram essa lacuna, mostram dados do Departamento de Agricultura dos EUA.

Agora custa mais ou menos o mesmo para um comprador chinês transportar uma tonelada de soja do estado de Mato Grosso, o maior produtor do Brasil, do que do No. 2 produtor americano, Iowa.

Enquanto os EUA – que competem com o Brasil como o maior produtor de soja do mundo – correm para remediar os atrasos logísticos herdados da era da pandemia e iniciam um plano multibilionário para aprimorar a infraestrutura já sobrecarregada, o Brasil está começando a colher os frutos dos mais de 290 bilhões de reais (US$ 56,1 bilhões) que governo federal investiu em estradas e portais marítimos desde 2008.

“Nada estimula mais do que a competição – e esta é uma competição acirrada”, disse Mike Steenhoek, diretor executivo da Soy Transportation Coalition. “Quando você vê esse tipo de melhora em outros lugares, é sinal de que precisamos aumentar os investimentos em nosso país.”

Veja abaixo o histórico do volume de soja (HS 1201) exportado pelo Brasil entre Janeiro de 2021 e Julho de 2022. Os dados são do DataLiner.

Exportações de soja | Jan 2021 – Jul 2022 | WTMT

Source: DataLiner (click here to request a demo)

Trabalhar contra o tempo é essencial para os EUA, que perderam cerca de US$ 10 bilhões em exportações agrícolas por causa das interrupções na cadeia de suprimentos da era da pandemia, de acordo com um artigo de abril do professor Colin Carter da Universidade da Califórnia em Davis, juntamente com o professor assistente da Universidade de Connecticut, Sandro Steinbach e o estudante de doutorado Xiting Zhuang.