Mineração argentina atinge máxima de 10 anos com alta das exportações de lítio

As exportações da indústria de mineração da Argentina atingiram níveis históricos no ano passado impulsionadas pelo aumento da receita de lítio, segundo o governo. A potência agrícola sul-americana visa obter lucros através do metal que é chave para atender à crescente demanda de veículos elétricos (VE).

Mesmo com a terceira maior economia da América Latina sofrendo uma inflação de três dígitos e as consequências de uma seca devastadora que afeta as principais zonas agrícolas, as exportações de lítio ajudaram a elevar as exportações de mineração do país para US$ 3,86 bilhões no ano passado – o nível mais alto em uma década, segundo o Ministério da Economia do país.

O abundante lítio da Argentina, como no vizinho Chile, são extraídas de salmoura em vastas salinas que usam a energia do sol para concentrar o metal ultraleve em piscinas de evaporação.

Em 2022, as exportações de lítio aumentaram 234% em relação ao ano anterior, respondendo por quase um quinto de todas as remessas de mineração argentinas.

Em uma rara tendência positiva para a economia em crise do país, a atividade não mostra sinais de desaceleração.

Durante os dois primeiros meses deste ano, as exportações do metal branco mais que dobraram em relação ao ano anterior, com os embarques registrados em fevereiro chegando a um recorde de US$ 58 milhões.

O ministério prevê que as receitas de mineração cheguem a US$ 6 bilhões este ano, em parte impulsionadas por dois novos projetos de lítio que ainda devem ser lançados, bem como por duas grandes expansões já em andamento.

Uma disputa pelo metal fez seu preço disparar, o que por sua vez motivou empresas e investidores.

Algumas das maiores empresas de mineração do mundo têm operações no norte da Argentina, incluindo a chinesa Ganfeng Lithium e a mineradora norte-americana Livent Corp, que fornece lítio para baterias recarregáveis em veículos BMW.

O investimento da indústria de mineração desde 2020 totaliza cerca de US$ 11,3 bilhões, mostraram os dados do ministério, incluindo US$ 5,1 bilhões para o lítio e US$ 4,9 bilhões para o cobre, também muito usado em veículos elétricos.

Abrangendo Chile, Argentina e Bolívia, o chamado “triângulo de lítio” da América do Sul é responsável por mais da metade do suprimento global de lítio.

Fonte: Reuters

Para ler o texto original, acesse: https://www.reuters.com/markets/commodities/argentine-mining-exports-hit-10-year-high-lithium-evs-take-off-2023-03-21/

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