Exportações arroz 1º trimestre
Grãos

Ministra da Agricultura pede cota zero para importação de 400 mil toneladas de arroz

set, 09, 2020 Postado porSylvia Schandert

Semana202037

0A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina,afirmou que a Câmara de Comércio Exterior (Camex) deverá analisar o pedido para zerar temporariamente as importações de arroz para uma cota de 400 mil toneladas até o final do ano.

Isso porque houve um significativo aumento de preço de alimentos básicos no país. A cotação do arroz, por exemplo, atingiu patamar recorde.

“O arroz não vai faltar. Agora ele [o preço do arroz] está alto, mas nós vamos fazer ele baixar. Se Deus quiser, vamos ter uma super safra no ano que vem”, disse Tereza Cristina. A situação do setor vem sendo monitorada de perto pelo Ministério da Agricultura e não há previsão de falta de produto.

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Mapa, a produção de arroz estimada para a próxima safra (2020/21) é de 12 milhões toneladas, um incremento de 7,2% em relação à safra anterior.

Para a safra 2020/21, que começa a ser comercializada em março de 2021, é esperada uma produção maior, com arrefecimento de preços no próximo ano.

A Conab informa que o país possui atualmente estoque para suprir o consumo interno. A companhia aponta que a alta de preços do arroz no varejo brasileiro é resultado da intensa valorização do grão no mercado.

Ainda de acordo a Companhia, historicamente, o segundo semestre, por se tratar de período de entressafra, possui cotações mais elevadas para o arroz. Entretanto,  como a cotação interna já ultrapassa a paridade de importação dos principais mercados produtores do grão, é pouco provável que haja sustentação do atual patamar de preços no médio prazo.

Na avaliação da Conab, além do aumento da demanda na pandemia, a valorização do produto pode ser explicada pelos seguintes fatores: 1. os elevados patamares de preço internacional anteriores à crise do Covid-19; 2. a desvalorização do Real perante o Dólar; 3. a expressiva exportação de janeiro até julho deste ano; 4. a menor disponibilidade de importação de arroz dos parceiros do Mercosul; e 5. a redução de área plantada no Brasil com esta cultura nas últimas duas safras, resultado das baixas rentabilidades identificadas nos últimos anos.

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