Movimentação brasileira de contêineres cresce 3% de jan a out 2019
dez, 06, 2019 Postado porSylvia SchandertSemana201950
Em meio às manchetes nacionais e internacionais sobre a confiabilidade das estatísticas econômicas do Brasil, a Datamar liberou, há três dias, os dados de movimentação de contêineres exportados e importados pelo Brasil relativo às escalas de navios em outubro deste ano. A movimentação de contêineres é notoriamente reconhecida por consultores experientes como uma medida que reflete bem o andamento da atividade econômica de um país. É comum entre consultores do setor marítimo utilizar modelos econômicos que estimam a movimentação de contêineres com base na previsão de crescimento do Produto Interno Bruto, tamanha a correlação entre as duas variáveis.
Os dados da Datamar mostram que a movimentação no período de janeiro a outubro de 2019 cresceu 3% comparado ao mesmo período de 2018, pulando de 4.117,280 TEUs (Unidades de contêiner equilaventes a 20 pés) para 4.228.812 TEUs este ano. No ano anterior havia crescido 5% comparado à 2017, portanto houve uma desaceleração de 5% para 3% no crescimento. Nas bolas de cristal usadas por consultores marítimos globais o multiplicador de crescimento do PIB para crescimento de TEUs tem variado entre 1% e 4,2% nos últimos vinte anos, puxado para cima ou para baixo por fatores como o ritmo de contêinerização das mercadorias ou pelo aumento da terceirização de fabricação. Considerando que o PIB brasileiro cresceu aproximadamente 1,1% nos primeiros três trimestres de 2019, um aumento de 3% na movimentação resulta em um multiplicador de quase 2,7, bem razoável para a costa leste da América do Sul.
Se esta relação entre o crescimento do PIB e o crescimento da movimentação de contêineres se mantiver estável em torno de três para um, o que podemos esperar dos volumes de contêineres a serem movimentados no Brasil em 2020? Caso a economia siga crescendo em ritmo morno de cerca de 1%, o aumento será de cerca de 110.000 TEUs. Se crescer perto dos 2% projetados pelos bancos, poderemos ver um adicional de 220.000 TEUs movimentados.
Concluindo, a verdade é que, como sempre, vamos depender da realidade e não da projeção. A expectativa para 2019 era de um crescimento mais forte o que não se concretizou. E se estamos tendo dificuldades de acertar os números históricos, imagina a dificuldade para acertar os números futuros. A solução é arregaçar as mangas e trabalhar.
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O novo dashboard da Datamar mostra de maneira fácil e intuitiva a situação atual comparada aos períodos anteriores. Pode se notar que o Extremo Oriente continua sendo, de longe, a região de maior relevância para o comércio exterior brasileiro, seguido do Norte Europeu e das Américas. É possível ver também que o Porto de Santos segue dominando a movimentação de contêineres no país, com um volume duas vezes maior que a dos próximos portos brasileiros, Paranaguá e o complexo de Itajaí e Navegantes.
A Datamar disponibiliza essa e outras análises do comércio exterior brasileiro e de toda a costa leste da América do Sul, além do Chile a partir do DataLiner, carro chefe da empresa. O DataLiner é um banco de dados que fornece uma visão completa do fluxo marítimo de Comércio Exterior da América do Sul. Inclui informações sobre os armadores, navios, portos e terminais, exportadores e importadores, além de mercadorias embarcadas, bem como suas origens e destinos.
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