Movimentação de contêineres: Dados de maio divulgados pela Datamar apontam queda nas exportações e crescimento nas importações

Dados recém-divulgados pela equipe de Business Intelligence da Datamar apontam que em maio, as exportações brasileiras de contêineres caíram 6,7% em relação a igual mês de 2022. O valor movimentado, 219.887 TEUs, está abaixo dos volumes exportados em maio nos últimos quatro anos.

No acumulado dos cinco primeiros meses de 2023, os volumes são 9,4% menores em relação ao período de janeiro a maio de 2022.

Acompanhe a seguir um gráfico das exportações brasileira via contêineres elaborado com dados do DataLiner:

Comparativo das exportações brasileiras | 2019 – 2023 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Entre as principais cargas exportadas pelo Brasil o destaque são as carnes, cujos volumes cresceram 3,6% no acumulado do ano em relação a igual período do ano anterior. Os embarques de açúcar cresceram 59,9%. Do outro lado, as exportações de algodão caíram 57% no mesmo comparativo.

Importações

Em contrapartida, as importações tiveram um desempenho superior em maio em relação ao mesmo mês de 2022.  No quinto mês do ano, foram recebidos do exterior 208.258 TEUs. O volume é 14% superior ao registrado em maio de 2022.

No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, o crescimento das importações via contêineres é 14% superior ao de igual período de 2022.

Veja abaixo as importações brasileiras de contêineres nos cinco primeiros meses do ano desde 2019. Os dados foram coletados pela equipe de Business Intelligence da Datamar:

Comparação das importações brasileiras | 2019 – 2023 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Vale destacar que as importações da China cresceram 11,4% no acumulado dos cinco primeiros meses do ano em relação a igual período do ano anterior e dos Estados Unidos cresceram 20% no mesmo comparativo.

Plate

Em relação à Argentina, as exportações via contêineres do país caíram 8,2% no acumulado dos cinco primeiros meses do ano em relação a janeiro-maio de 2022. Na comparação mensal, os embarques caíram 15% em maio.

As importações caíram 16,2% no acumulado do ano e 1,7% no mês.

Já no Uruguai, as exportações caíram 8,8% no acumulado janeiro a maio de 2023 em comparação a igual período de 2022. No mês de maio, a queda foi de 10%.

As importações, por outro lado, cresceram 2,5% no acumulado do ano e impressionantes 28% no mês.

Fretes

Com esse mercado morno, como estão os fretes marítimos? Segundo o último boletim divulgado pela Platts, da S&P Global, na América Latina, as tarifas das cargas nos dois sentidos ficaram estáveis ao longo da última semana. De acordo com várias fontes do mercado na América do Sul, a demanda por carga asiática em ambas as costas aumentou recentemente, mas as transportadoras conseguiram aumentar a capacidade de acordo, deixando as taxas estáveis durante a semana.

Perspectivas

De acordo com o relatório do Icomex (Indicador de Comércio Exterior), divulgado no último dia 21 de junho pela FGV (Fundação Getulio Vargas), o volume de exportações brasileiras deve crescer 5,4% em 2023.

Neste ano, o comércio mundial de mercadorias deve crescer em um ritmo mais fraco, segundo previsões da OMC (Organização Mundial do Comércio), passando de uma alta de 2,7%, registrada em 2022, para 1,7% em 2023. Para a América do Sul, a projeção é de que o avanço saia de 1,9% e vá para 0,3% no mesmo período.

“O Brasil é a maior economia da região e o maior exportador. Entre os 30 principais exportadores mundiais de 2022, o único país [sul-americano] que integra a lista é o Brasil, na 26ª posição [com participação de 1,3% nas exportações mundiais]. Nesse contexto, a previsão de crescimento do volume exportado na região [América do Sul] é fortemente influenciado pelo desempenho do Brasil”, aponta o relatório do Icomex.

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