Movimentação de itens agropecuários cresce 30% nos portos brasileiros
mar, 28, 2022 Postado porSylvia SchandertSemana202213
A movimentação de itens agropecuários nos portos brasileiros cresceu 30% em janeiro. Ao todo, foram 16,490 milhões de toneladas de cargas, cerca de 4 milhões a mais que em janeiro do ano passado. Os números são da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
A soja responde por 22% do total, com 3 milhões e meio de toneladas (3,494 mi) movimentadas no primeiro mês deste ano. Os quatro principais portos para cargas agro são Santos, Paranaguá, Rio Grande e Itaqui. O porto de Santos (SP), respondeu por 21% do volume total. A maior parte dos produtos embarcados foram milho, açúcar e resíduos da extração de óleo de soja.
Em segundo no ranking, o porto de Paranaguá (PR), participou com 14,3%, um volume de 2,353 milhões de toneladas, especialmente cereais, sementes e frutos oleaginosos, adubos e fertilizantes. O resultado é mais de 30% superior a janeiro de 2021.
Já em fevereiro deste ano, mais de 5 milhões de toneladas de produtos agropecuários passaram pelo terminal do Paraná. 70% foram soja, milho e cereais exportados. De acordo com a direção de operações do porto, o segmento puxou a alta das exportações e a quebra da safra não afetou a movimentação portuária.
Dois mil caminhões passam por dia no pátio de triagem em Paranaguá. O que vem pelo modal ferroviário diariamente é o equivalente a um navio.
“Paranaguá começou a carregar navio atrás de navio e não paramos mais. Eles foram obrigados a cumprir esses contratos e nós estamos carregando quase como se fosse plena safra, e estamos embarcando embarcando bem. Carregando soja e esperando o milho para abril”, diz Luiz Teixeira Júnior, diretor de operações da Portos do Paraná.
Os números divulgados pela Antaq chamam atenção para os adubos e fertilizantes. Em janeiro, a chegada desses produtos pelos portos do Paraná cresceu 24%.
“Nós chegamos a ter uma fila com 40 navios de fertilizantes. Isso fez com que Paranaguá descarregasse mais de 1 milhão e 200 mil toneladas no mês de fevereiro. Houve um aquecimento bem grande. A nossa retaguarda que tem capacidade para 3 milhões de toneladas está lotada. Então agora a gente depende dos caminhões com o frete de retorno que vem pra soja, dos caminhões levarem o fertilizante para continuarmos descarregando com o mesmo ritmo”, complementa Teixeira Júnior.
Fonte: Canal Rural
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