Mudança de governo põe em risco entrega de Porto de Buenos Aires a um único operador
set, 05, 2019 Postado porSylvia SchandertSemana201937
Apesar das autoridades manterem o cronograma do processo e o governo garantir que a licitação para a entrega do Porto de Buenos Aires a um único operador (e não múltiplos como ocorre atualmente) sairá, há chances de haver atrasos ou até mesmo um eventual cancelamento do processo. A abertura dos envelopes da licitação foi adiada para oito dias antes da mudança de presidente.
De fato, vários setores ligados a atividades portuárias na Argentina acreditam que a abertura dos envelopes com as ofertas pode ocorrer apenas em maio do próximo ano com o objetivo de que o novo presidente, que assume no dia 10 de dezembro, tome a decisão de continuar com o plano de um único operador ou desistir e estudar um novo modelo.
Alguns especialistas sustentam que a Frente para Todos procurará alterar drasticamente o projeto defendido pelo governo de Mauricio Macri de entregar a um único operador os cinco terminais em substituição aos quatro grupos que atualmente distribuem as atividades do Porto de Buenos Aires.
Atualmente, as atividades portuárias são divididas em quatro terminais. Ou seja, os Terminais do Rio da Prata (TRP), responsáveis pelas zonas 1,2 e 3 de Puerto Nuevo e constituídos pela Dubai Ports Word, empresa estatal nos Emirados Árabes Unidos, e pelo grupo local de Alfredo Román. Também a Maersk, responsável pelo Terminal 4, e a Hutchinson Ports, que controla o Terminal 5.
Como parte do processo de licitação, todos devem entregar suas concessões em 2020, de acordo com uma Resolução do Ministério dos Transportes da Nação publicada no Boletim Oficial publicado em dezembro do ano passado.
No entanto, fala-se da possibilidade de prorrogar esse período até maio de 2021. Ou seja, adicionando um ano à possibilidade eventual de todo o processo de licitação estar atrasado ou congelado devido à mudança de cenário político.
O que é concreto até agora é que a Administração Geral de Portos (AGP) comandada por Gonzalo Mórtola adiou até 2 de dezembro a abertura dos envelopes com as ofertas que na programação inicial seriam conhecidas em 2 de outubro. Uma determinação com bom senso e, embora o profissional não o diga, ligada à atual situação política e eleitoral.
Essa mudança foi a que gerou mais barulho no mercado, principalmente considerando que os nomes dos grupos candidatos a permanecer no negócio serão conhecidos apenas oito dias antes das eleições.
Fonte: Trade News (Emiliano Galli)
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