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Mudanças nas taxas de exportação aliviam tensões com o agro argentino

dez, 19, 2023 Postado porGabriel Malheiros

Semana202346

A Secretária de Bioeconomia da Argentina, liderado por Fernando Vilella, anunciou uma mudança significativa no quadro de taxas de exportação após uma segunda rodada de discussões com a Mesa de Enlace e o Conselho Agroindustrial Argentino (CAA). Esta mudança representa uma reversão da proposta inicial de elevar as tarifas de exportação para 15%.

Em uma atualização nas redes sociais, a Secretaria revelou um aumento na taxa de 31% para 33% para produtos do complexo soja, ao mesmo tempo em que introduziu uma política de tarifa zero (0%) para uma variedade de produtos críticos, incluindo azeitonas, arroz, couros bovinos, laticínios, frutas (excluindo limões), horticultura, feijões, batatas, alho, grão-de-bico/lentilhas/ervilhas, mel, açúcar, erva-mate, chá, cavalos e lã. O setor de vinhos verá uma redução de 15% para 8%, e o complexo de cereais e girassol enfrentará uma taxa de 15%. Revisões adicionais estão previstas para os complexos de suínos, pesca, milho e pipoca.

Veja abaixo os produtos mais exportados embarcados em contêineres de janeiro a outubro de 2023. Os dados são do DataLiner.

Principais exportações em contêineres | Argentina | 2023 | TEU

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Este anúncio altera a comunicação da semana anterior, onde taxas de exportação de 15% estava em consideração. O Secretariado afirmou oficialmente: “Difere da proposta apresentada ao Congresso”, gerando insatisfação no setor agroindustrial. Por meio do Ministério da Economia, o governo visa impulsionar temporariamente a receita, conter despesas e atingir a meta fiscal comprometida por meio dessa medida.

Salvador Vitelli, Chefe de Pesquisa do Grupo Romano, comentou: “Torna-se uma medida mais pragmática, tentando cobrir a lacuna fiscal obtendo recursos de um setor que já contribui significativamente para a economia. Embora o setor agrícola tenha feito esforços consistentes, esta não é uma medida popular.”

Ele acrescentou: “A confiança agora está depositada em sua natureza temporária, mas, se não for, o sentimento do setor em relação ao governo nacional tende a azedar.”

Salvador Di Stéfano compartilhou sua perspectiva: “Persistem em buscar benefícios com soja, milho e trigo. Os números não fecham; estão provocando o campo, mas o campo votou em Milei. Na minha opinião, os números estão no vermelho devido aos preços mais baixos, custos crescentes, aluguéis altos e inúmeras tarifas de exportação.”

O CAA reconheceu a delicada situação das finanças públicas, mas reiterou a necessidade de uma política de agro exportação que promova produção e valor agregado. Eles sugeriram estabelecer um cronograma para eliminar as taxas de exportação para os complexos Oleaginosos e Cereais, considerando a situação frágil das economias regionais.

A Câmara da Indústria do Petróleo da Argentina (CIARA) e o Centro Exportador de Cereais (CEC) emitiram uma declaração concisa, considerando isso “notícias terríveis para a economia do país”. Eles expressaram preocupações de que o aumento de impostos poderia restringir os fluxos de moeda estrangeira e afetar adversamente o emprego industrial de soja, prejudicando a anteriormente reconhecida paridade tributária.

Impacto do Dólar: Desvalorização na Agricultura

Atualmente, a “desvalorização compensada” significa um aprimoramento para 80% das produções agroindustriais em comparação com a situação da semana passada, cortesia da redução da lacuna da taxa de câmbio. No entanto, essa vantagem competitiva pode se deteriorar rapidamente devido à inflação, à diminuição do poder de compra do consumidor e afetar setores como pecuária e laticínios.

O risco atual reside na ancoragem da taxa de câmbio perdendo terreno para as pressões inflacionárias. A proposta de um ajuste mensal de 2% na taxa de câmbio em meio à alta inflação poderia resultar em perda de competitividade no setor de exportação e estimular as importações.

Juan Manuel Garzón, economista da IERAL (Fundação Mediterrânea), estimou que até 2024, a agricultura contribuirá com cerca de US$ 6,3 bilhões em impostos de exportação devido à recuperação da safra. Isso marca um aumento de 43% em relação a este ano, fortemente impactado pela seca. O governo nacional arrecadou um adicional de US$ 1,08 bilhão do setor ao aumentar as taxas.

Fonte: Ámbito

Acesse a matéria completa a seguir: https://www.ambito.com/economia/gobierno-lanza-un-nuevo-esquema-retenciones-subproductos-la-soja-suben-33-n5901902

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