Navios contêiner aumentam velocidade à medida que fretes sobem

Uma nova pesquisa da VesselsValue encontrou um “aumento significativo” na velocidade média dos navios porta-contêineres.

O serviço de avaliação marítima e inteligência de mercado disse que a velocidade média dos navios de contêineres aumentou 5,5% desde junho passado, para 14,76 nós, e 8,5% nos setores maiores.

A autora do relatório, Olivia Watkins, disse que havia uma correlação direta entre o aumento das velocidades e as taxas de frete, que, para navios de 8.500 TEUs, aumentaram 350% durante o mesmo período, já que o combustível se tornou uma porcentagem muito menor dos custos operacionais.

Conclui-se que os afretadores estão mais preocupados em pagar por um dia adicional de aluguel em níveis altamente elevados do que em economizar combustível, e estão instruindo os comandantes a fazer a melhor velocidade possível, em vez de velocidade econômica.

E, nas rotas de liners, as evidências estão começando a emergir de que as transportadoras estão abolindo algumas de suas instruções de vapor lento, pedindo aos navios para ‘acelerar’ para atender às janelas de atracação, bem como aumentar as velocidades médias nas rotas de retorno para priorizar a devolução de equipamentos vazios.

“Os capitães tinham que passar por tantos obstáculos anteriormente para obter aprovação para aumentar a velocidade de seus navios por razões que não fossem de segurança, mas agora muitos deles têm carta branca para colocar o pé no chão para fazer as janelas de atracação e marés”, disse um o contato da operadora ao The Loadstar.

De fato, a Maersk disse na semana passada que estava “acelerando sua rede” para mitigar o impacto do congestionamento portuário.

O transporte marítimo de contêineres adotou a prática de navegação lenta pela primeira vez em 2007, em um cenário de custos de combustível que havia disparado para cerca de US$ 700 por tonelada – atualmente estão em torno de US$ 500.

Foi calculado que um ULCV pode economizar mais de US$ 2 milhões em custos de combustível em uma única viagem da Ásia à Europa ao adotar uma navegação lenta – além das emissões mais baixas da queima de menos combustível.

Os tempos de navegação mais lentos também ajudaram a indústria a absorver o excesso crônico de capacidade pela necessidade de implantar navios extras em loops.

Enquanto isso, embora o argumento econômico para instalar purificadores em navios de contêineres permaneça forte, com óleo combustível de baixo teor de enxofre (LSFO) a cerca de US$ 100 por tonelada mais caro do que HFO (óleo combustível pesado), que pode ser consumido por navios equipados com purificadores, a aceitação para retrofits agora diminuiu consideravelmente.

As transportadoras estão utilizando todos os navios que podem para atender à demanda e aproveitar as altas taxas de frete, e não podem deixar os navios fora de serviço por vários meses para fazer a instalação do purificador. Como consequência, os depuradores estão, em sua maioria, sendo instalados apenas em navios em construção.

Fonte: The Loadstar

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