No café, geada diminui ação da crise de adubos
mar, 07, 2022 Postado porGabriel MalheirosSemana202210
A cooperativa Minasul, segunda maior exportadora de café, detectou uma forte procura por adubos em suas unidades assim que começou a guerra na Ucrânia, às vésperas do feriado de Carnaval no Brasil. Em apenas dois dias, as vendas de fertilizantes da central renderam R$ 40 milhões, receita equivalente à de todo o mês de janeiro com a venda desse tipo de produto, contou o presidente da cooperativa, José Marcos Magalhães.
No entanto, não foram os cafeicultores os principais compradores das 14 mil toneladas que a Minasul vendeu naqueles dias. A maior parte foi adquirida por cooperados que produzem soja, milho, feijão e trigo, culturas que vêm ganhando espaço no Sul e Sudeste de Minas Gerais, área de abrangência da central, sediada em Varginha.
Os produtores de café têm consumido menos adubos em 2022, em parte como decorrência dos problemas climáticos que eles enfrentaram no ano passado, sobretudo as geadas ocorridas em julho. As adversidades climáticas de 2021 os deixaram menos expostos às tensões dos riscos de escassez de adubos deste ano.
As perdas nas lavouras da região de abrangência da cooperativa, uma das principais áreas produtoras de arábica do país, vão de 20% a 80%.
Confira a seguir como foras as exportações brasilerias de café (HS 0901) desde Janeiro de 2020. Os dados são do DataLiner.
Exportações Brasileiras de Café (HS 0901) | Jan 2020 – Jan Jan 2022 | WTMT
Fonte: Dataliner (clique aqui para solicitar uma demo)
Clima adverso
O clima adverso exigiu podas e eliminação de árvores, o que reduziu a necessidade de adubo. No momento, o nutriente mais demandado é o fósforo, justamente o de menor risco de escassez.
“O fósforo serve para o crescimento da árvore e o potássio para o enchimento do grão”, explica Magalhães. A demanda por potássio deve voltar a se equiparar à dos mesmos níveis de anos anteriores apenas a partir de 2023.
A projeção da Minasul para a colheita brasileira deste ano é de 34 milhões de sacas de arábica, volume inferior à estimativa da Conab, de 39 milhões de sacas.
A cooperativa espera comercializar 160 mil toneladas de fertilizantes em 2022, volume 28% superior ao do ano passado. Desse total, 65% serão utilizados por produtores de cereais da região, e o restante, por cafeicultores. Em 2021, 60% das 125 mil toneladas vendidas ficaram nas mãos de produtores de soja, milho, feijão e trigo.
Além de gerar receio com a disponibilidade de potássio para as lavouras de café, a guerra na Ucrânia é também uma potencial ameaça à oferta de nitrato de amônio, do qual a Rússia é praticamente a única fornecedora brasileira.
Fonte: Valor Econômico
Para ler o artigo original acompleto acesse: https://valor.globo.com/agronegocios/noticia/2022/03/07/no-cafe-geada-diminui-acao-da-crise-de-adubos.ghtml
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