Novo Berço da TCP entrará em operação com calado de 12,5 metros
jul, 05, 2019 Postado porSylvia SchandertSemana201928
Com a aprovação do calado de 12,5 metros pelas Autoridades Marítima e Portuária, bem como a autorização de Operação pelo Órgão Ambiental licenciador – IBAMA, o novo berço de atracação da TCP – empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, entrou em operação no domingo, dia 30 de junho, com a atracação do navio Maersk Londrina (229,90 metros). A liberação do berço 218, construído a partir das obras de ampliação do Terminal, faz com que Paranaguá seja um dos primeiros portos brasileiros a estar preparado para atender os maiores navios de comércio exterior.
Juarez Moraes e Silva, diretor Institucional da TCP, enfatiza que a homologação do novo calado operacional leva em consideração as Normas de Tráfego Marítimo e Permanência nos Portos de Paranaguá e Antonina. “Isso significa que obedecemos a todas as condicionantes operacionais nos capacitando a iniciar as operações da nova estrutura, e integrando-a a estrutura já existente”, diz.
O executivo enfatiza que a liberação foi possível graças ao alinhamento entre as autoridades e operadores portuários. “É resultado de um trabalho de planejamento estratégico e alinhamento entre todos os atores envolvidos. Como resultado a TCP e, consequentemente, o Porto de Paranaguá, entregam ainda mais capacidade operacional para os usuários e os armadores. Trata-se de um berço apto a operar, se necessário, além de contêineres, também carga projeto, carga geral e veículos”, ressalta.
Para se ter uma ideia do volume operado pelo Porto de Paranaguá, o gráfico a seguir, feito a partir dos dados do Dataliner, mostra as exportações de açúcar por esse porto no período de janeiro de 2015 a maio de 2019.
Novo berço
O presidente da empresa pública Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, enfatiza que a liberação do calado e a entrada em operação do novo berço contribui para que o Porto e o Terminal atendam as expectativas do mercado, o que deve movimentar a economia no Paraná. “A ampliação do calado tem impacto direto na capacidade de embarque pelo terminal e reduz os custos operacionais, garantindo maior competitividade no mercado internacional. Com mais cargas movimentadas, temos mais negócios, mais empregos gerados, mais renda e maior arrecadação de impostos.”
O capitão dos Portos do Paraná, Capitão de Mar e Guerra Rogerio Antunes Machado, ressalta que processo de equalização do calado contribui para a segurança da navegação na região. “A equalização está condicionada a eficiência dos sinais náuticos das boias de balizamento na área de manobras; a visibilidade mínima; e a manutenção das restrições operacionais referentes aos canais internos e berços a serem operados. Esperamos que com essas medidas possamos contribuir com o desenvolvimento do Estado do Paraná ao tornar ainda mais atrativo o porto paranaense para as operações portuárias.”
Renato Alves, membro da diretoria da Praticagem de Paranaguá, diz que operar navios em novos berços é um desafio. “Vemos com bons olhos o desenvolvimento a evolução do complexo portuário do Paraná e nos colocamos de prontidão para realizar a tarefa de prover segurança com qualidade no tráfego das embarcações que escalam o Porto”, diz.
“O calado para 12,5 metros eleva imensamente o padrão do Berço 218 da TCP, é o máximo calado permitido no canal de Paranaguá. Isso traz muita versatilidade no novo berço, podendo operar qualquer tipo de navio, com máximo calado possível permitido”, finaliza.
Outros dados interessantes para mensurar as operações de Paranaguá são as exportações de soja no período de janeiro de 2015 a maio de 2019. Confira o gráfico a seguir, feito a partir de dados do Dataliner:
Ampliação
Com a liberação do berço 218, o cais passou de 879 metros para 1.099 metros de extensão, totalizando quatro berços. “Isso significa que o Terminal oferece aos importadores e exportadores mais flexibilidade em suas operações, permitindo que navios fora de janela tenham ajustes no atraso, seguindo o cronograma de atracação em outros portos na costa brasileira”, enfatiza Moraes e Silva que complementa que o terminal poderá operar novos serviços que ainda não estão disponíveis em Paranaguá como os para a Costa Leste e os de cabotagem.
O gráfico Dataliner abaixo mostra as exportações e importações de contêineres via Porto de Paranaguá:
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