Operação conjunta intercontinental age contra tráfico de cocaína nos portos do Brasil
abr, 06, 2023 Postado porGabriel MalheirosSemana202317
As forças policiais de três países latino-americanos se aliou com a polícia europeia para derrubar uma das organizações de tráfico de drogas mais ativas no Brasil, que vinha inundando os portos europeus com várias toneladas de cocaína. No dia 30 de março, ações conjuntas foram tomadas no Brasil com apoio da Europol para desmantelar o grupo criminoso que mantinha operações do Paraguai à Europa.
Um total de 15 indivíduos foram presos e mais de 80 milhões de euros em bens foram apreendidos. Ao longo da investigação foram apreendidas mais de 17 toneladas de cocaína ligadas a esta organização criminosa, com um valor de venda estimado em vários biliões de euros.
Conhecida como Operação HINTERLAND, a investigação de dois anos culminou em uma série de ações realizadas simultaneamente no dia 30 de março para derrubar toda a infraestrutura criminosa ligada a esse grupo.
Foram tomadas medidas de repressão contra a organização criminosa, seus fornecedores e sua estrutura de lavagem de dinheiro. Este dia de ação foi coordenado a partir de dois centros de comando em Porto Alegre e Rio Grande. Estavam envolvidos no contrabando de cocaína para a Europa o Porto de Rio Grande, o maior do sul do Brasil, no estado do Rio Grande do Sul e empresas de logística marítima em Rio Grande e Itajaí.
A operação policial resultou em 37 buscas patrimoniais, 15 prisões, apreensão de 173 veículos e uma aeronave, além do bloqueio das contas bancárias de 147 pessoas físicas e 66 empresas envolvidas em transações imobiliárias. Além disso, na Espanha estão sendo realizadas diligências para localizar e apreender bens pertencentes a membros da organização criminosa. A investigação foi iniciada no Brasil depois que a Polícia Federal brasileira recebeu informações da alfândega alemã sobre uma apreensão de 316 quilos de cocaína em Hamburgo em dezembro de 2020. As informações iniciais davam conta de que uma empresa brasileira estaria sendo utilizada para o transporte de cocaína do Brasil para a Europa.
Com base na análise realizada pela Europol e pelas autoridades francesas (OFAST), a Polícia Federal brasileira conseguiu mapear completamente a rede criminosa que até então operava na maior parte do tempo indetectada. Os investigadores conseguiram descobrir como essa organização brasileira importava cocaína do Paraguai escondida em caminhões, antes de exportá-la para a Europa.
A primeira prisão foi realizada em outubro de 2022 pela Polícia Federal brasileira. Um alvo prioritário foi preso no Paraguai por suposto envolvimento na operação logística entre o Paraguai e o Brasil e na negociação direta com fornecedores no Paraguai e na Bolívia.
O Centro Europeu de Crimes Organizados Graves da Europol tem prestado apoio a este caso desde o início, reunindo os países envolvidos para descobrir a real magnitude da atividade criminosa, estabelecer uma estratégia conjunta e organizar o intercâmbio de evidências necessárias para preparar a fase final da investigação.
Além disso, a Europol prestado assistencial através da análise de inteligência com o objetivo de apoiar os investigadores no campo. As seguintes autoridades participaram desta investigação: Brasil: Polícia Federal (Polícia Federal); França: Polícia Nacional (Police Nationale – OFAST); Alemanha: Alfândega (Zoll) e Espanha: Guarda Civil (Guardia Civil).
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