Hoje, em todo o mundo, ninguém come mais ovos brasileiros que os árabes. Os Emirados Árabes Unidos foram o principal destino das exportações, com 73% do total embarcado pelo Brasil no primeiro trimestre deste ano. Japão e Serra Leoa também estão entre os principais compradores. Outros destinos mais próximos, porém, acabam de ser abertos e devem mexer com os embarques nacionais.
No início de abril, o Ministério da Agricultura firmou acordos com a Argentina e o Chile, com a publicação de certificados sanitários internacionais que autorizam a exportação de ovos in natura pelo Brasil. Produtores de qualquer Estado do Brasil poderão vender para a Argentina. No caso do Chile, as autorizações foram dadas, até o momento, para produtores do Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.
Ricardo Santin, presidente da ABPA, acredita que as taxas de crescimento devem seguir a mesma trajetória neste ano. “Estamos trabalhando no Exterior há algum tempo. Criamos a marca Brazilian Egg, com a Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações). Os resultados estão aparecendo.”
A se basear no volume de exportação de outras proteínas animais, há um longo caminho pela frente. Se hoje apenas 1% da produção nacional vai para fora, no caso da carne suína essa fatia é superior a 20%, mesmo índice da carne bovina, enquanto mais de 30% dos frangos brasileiros alimentam outros países.
Fonte: Estadão