País dá início a negociações de acordo comercial Brasil-EUA
ago, 01, 2019 Postado porSylvia SchandertSemana201932
De acordo com a Reuters, o ministro da economia, Paulo Guedes, afirmou, na última quarta-feira (31/07), que começou oficialmente a negociar um acordo comercial Brasil-EUA. Para ele, as negociações são compatíveis com um acordo comercial recentemente fechado com a União Europeia.
Falando em Brasília depois de se reunir com Wilbur Ross, secretário de Comércio dos EUA, Guedes afirmou que os Estados Unidos querem laços mais estreitos com o Brasil, incluindo a chance de vender mais etanol da América Latina.
O secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, afirmou que está em vigor uma espécie de aval conferido pelo Congresso norte-americano à Casa Branca para que o presidente dos EUA possa negociar acordos comerciais envolvendo tarifas que não sejam bilaterais. A chamada Trade Promotion Authority (TPA) vai até junho de 2021.
“O bacana de você ter um objetivo ambicioso é que seu objetivo é tão maior que você consegue resolver (no caminho) questões supostamente mais específicas”, frisou Troyjo.
“Vistos para homens de negócios, acordos de bitributação, comércio eletrônico, comércio de bens digitais — tudo isso você consegue avançar mais se você tem esse objetivo maior adiante”, finalizou ele, a respeito dos temas que estão no radar do governo.
Em fevereiro, antes da visita de Bolsonaro aos EUA, a administração Trump pediu ao Brasil a suspensão de uma tarifa de 20% aplicada às importações de etanol que superem 150 milhões de litros por trimestre.
O gráfico a seguir, feito a partir de dados do DataLiner, mostra os principais itens exportados do Brasil aos Estados Unidos no período de janeiro de 2015 a junho de 2019:
Em contrapartida, a indústria de açúcar brasileira pediu a liberação de tarifas de importação estipuladas por Washington. O Brasil conta apenas com uma pequena cota de açúcar para exportação aos EUA com taxa mais baixa.
Em meio a irregularidades no setor frigorífico brasileiro identificadas pelos norte-americanos, os EUA suspenderam as importações de carne in natura do país, em 2017.
Na viagem do presidente Bolsonaro a Washington, em março, havia a expectativa de que as exportações de carne in natura do Brasil para os EUA pudessem ser retomadas, o que acabou não acontecendo.
A seguir, é possível ver os principais produtos importados dos Estados Unidos pelo Brasil no período de janeiro de 2015 a junho de 2019. Os dados são do DataLiner:
Brasil é importante aliado dos EUA não-membro da OTAN
O presidente Donald Trump, reforçou ainda, na quarta-feira (01/08), o status do Brasil como aliado militar dos EUA, facilitando o caminho para o gigante latino-americano comprar armas mais sofisticadas. Em um comunicado enviado ao Departamento de Estado, Trump disse: “Eu designo a República Federativa do Brasil como a principal aliada dos Estados Unidos não pertencente à OTAN”, referindo-se à poderosa Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Os países com status de não-membros da Aliança da OTAN desfrutam de um nível mais alto de confiança com Washington, permitindo-lhes acesso prioritário ao mercado de armas dos EUA e reforçando laços entre militares.
Egito, Israel, Nova Zelândia e Taiwan estão entre outros aliados dos Estados Unidos já no grupo.
Trump já havia declarado em maio que pretendia dar ao Brasil o status.
Fontes: Reuters e Mercopress
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