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Para evitar Covid-19, China pede que exportadores de carnes desinfetem cargas

dez, 29, 2020 Postado porSylvia Schandert

Semana202053

Os importadores e processadores de carne da China solicitaram aos exportadores em países com surtos de Covid-19 que intensifiquem os cuidados com a desinfecção das mercadorias antes de embarcá-las ao país asiático.

“A China tem importado uma grande quantidade de carnes este ano e detectou vírus nas embalagens de produtos da cadeia de frio muitas vezes, mesmo com muita desinfecção sendo feita internamente”, disse Gao Guan, porta-voz da China Meat Association.“Deveria ser melhor lidar com isso (controle de vírus) nas origens exportadoras de carnes e fazer a desinfecção nas unidades de produção, pois o custo seria menor e a eficiência maior”, acrescentou.

A China acelerou a desinfecção e os testes de vírus em alimentos congelados depois que encontrou o coronavírus em produtos e embalagens importados. As medidas aumentaram os custos, interromperam o comércio e irritaram os principais exportadores.

O órgão da indústria sugeriu que os exportadores dos países atingidos pela Covid-19 desinfetem a embalagem externa dos produtos e a parte interna dos contêineres antes de lacrar os produtos de exportação, disse um comunicado publicado na conta oficial da associação no WeChat. A iniciativa foi proposta para “garantir a segurança dos alimentos importados da cadeia de frio e aumentar a confiança dos consumidores nos produtos importados”, segundo o comunicado.

A proposta surgiu depois que alguns grandes exportadores, incluindo JBS no Brasil, começaram a tomar medidas, incluindo ampla desinfecção de produtos e locais de armazenamento, para abastecer a China com produtos seguros,segundo Gao.

Segundo a associaão chinesa, há relatos de casos que mostraram que o contato com embalagens contaminadas com coronavírus poderia levar à infecção humana. A Organização Mundial de Saúde no entanto, afirma que o risco de contrair Covid-19 em alimentos congelados é baixo. As autoridades chinesas repetiram que esse risco era baixo, mas que ainda havia um risco. “O vírus é novo. Ainda estamos acumulando experiência ao lutar contra ele”, disse Gao. “Devemos nos reunir e discutir como usar a maneira mais científica, eficiente e de baixo custo para garantir a saúde pública e o comércio ao mesmo tempo”, acrescentou Gao.

Fonte: Reuters

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