Paralisação de caminhoneiros pedindo reajuste afeta operação no Porto de Vitória
maio, 17, 2022 Postado porSylvia SchandertSemana202220
Após quase uma semana de paralisação dos caminhoneiros, a operação do Porto de Vitória já está sendo afetada. O movimento grevista, segundo a categoria, é resultado do descumprimento do reajuste de 26%, previsto para o início do mês, após acordo coletivo. O dissídio dos transportadores autônomos é no dia 1º de maio de cada ano, data em que se prevê o pagamento do que é definido entre trabalhadores e empregadores.
Em nota, a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) informa que suas “operações estão seriamente impactadas desde o início da paralisação, notadamente a movimentação de contêineres e granéis sólidos, que representam 80% da movimentação do porto.” A Log-In, que opera Terminal Portuário de Vila Velha (TVV), também foi procurada para falar do assunto, mas não deu retorno até a publicação da reportagem.
Veja abaixo o histórico das cargas exportadas em contêineres pelo Porto de Vitória de janeiro de 2021 a março de 2022. Os dados são do DataLiner.
Exportações em contêineres via Porto de Vitória | janeiro de 2021 – março de 2022 | TEU
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
Os caminhoneiros iniciaram o protesto no último dia 11. Álvaro Luiz Ferreira, presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos no Espírito Santo (Sindicam), diz que a paralisação começou após constatarem que empresas não cumpriram o acordo do reajuste dos insumos da categoria, que chegou a 26%, considerando a inflação do período, mais ganho real e o “gatilho”, um percentual adicional devido aos constantes aumentos no valor do diesel. Ferreira conta que cerca de 30 transportadoras assinaram o acordo, porém de 30 a 40 ainda não.
Apesar de o movimento ter sido deflagrado no dia seguinte a mais um aumento do diesel, o presidente do Sindicam assegura que a paralisação não tem relação direta com o preço do combustível, embora faça parte da composição do índice de reajuste da categoria. Ferreira afirma que as negociações com as empresas começaram dois meses antes da data-base do dissídio, 1º de maio, e o início da greve logo depois da elevação do valor do diesel foi coincidência.
A Federação das Empresas de Transportes do Espírito Santo (Fetransportes) foi procurada, mas ainda não se manifestou sobre a paralisação e o acordo coletivo.
Fonte: A Gazeta
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