Pelo menos mais dois anos de fretes altos para embarcadores
maio, 06, 2021 Postado porandrew_lorimerSemana202119
Embarcadores devem se preparar para pelo menos mais dois anos de fretes elevados e de uma oferta de espaço restrita, de acordo com a Drewry.
A consultoria marítima prevê que as taxas médias – uma mistura de taxas spot, contratos, ‘backhaul’ e comércio regional – vão aumentar cerca de 23% este ano; mas para algumas rotas, disse, o aumento seria “substancialmente maior”.
No webiner promovido pela Drewry, ‘Container Shipping Outlook’ hoje, o gerente sênior de pesquisa de contêineres Simon Heaney disse que os fretes devem cair no próximo ano, embora não para os níveis pré-pandêmicos.
“Para 2022, vemos alguma erosão nas taxas de frete, à medida que o impacto inflacionário das ineficiências da cadeia de abastecimento desaparecem, mas achamos que os armadores ainda poderão manter as taxas de frete altas, graças à sintonia fina na gestão de capacidade aperfeiçoada durante a pandemia, bem como à disciplina de preços que eles tem demonstrado.
“Para o próximo ano, embora as taxas caiam, elas ainda serão substancialmente mais altas [do que na pré-pandemia] e achamos que o frete deve cair aproximadamente 9% em comparação a este ano”, disse Heaney.
Ele disse que as entregas de novos navios neste ano e no próximo serão suficientemente baixas para que o crescimento geral da frota fique abaixo do crescimento da demanda. E, presumindo que o congestionamento portuário continue a prejudicar a cadeia de abastecimento, e portanto a frota global se mantenha totalmente utilizada, isso será “claramente um ponto positivo para as transportadoras”, acrescentou.
No entanto, ele disse: “Uma pequena migalha de conforto para os exportadores é que os armadores estão, potencialmente, semeando as sementes que poderão encurtar a corrida pelo ouro que estão desfrutando agora, ao investir excessivamente em novos navios.”
Nos primeiros três meses do ano, armadores assinaram contratos para a construção de cerca de 170 novos navios contêiner, somando uma capacidade total de cerca de 1,9 milhão de TEUs, a maioria dos quais será entregue em 2023. E com novos pedidos em andamento, o equilíbrio entre a oferta e a demanda pode retroceder ao que era dois anos atrás, especialmente se houver um novo choque de demanda global nesse ínterim.
“Não entendo por que os armadores estão tão desesperados para adquirir novos navios que levarão pelo menos dois anos para serem entregues”, disse Heaney. “Eles não chegarão a tempo de lucrar com esse boom e tudo o que realmente estão fazendo é aumentar potencialmente o risco do excesso de capacidade retornar ao mercado depois de alguns bons anos consertando a situação anterior.”
A pesquisa do Alphaliner mostra que alguns armadores estão visando maximizar as oportunidades com o momento atual: a MSC está novamente ativa no mercado de segunda mão esta semana, adquirindo navios independentemente da idade. Uma recente onda de compras pelo armador, que é o segundo maior do mundo, incluiu quatro navios-irmãos classe S com capacidade de 9.640 TEUs cada, adquiridos da rival Maersk, parceiro da MSC na aliança 2M.
Os ex-Susan Maersk, Sofie Maersk, Aotea Maersk e Soroe Maersk foram construídos no antigo estaleiro interno da Maersk, em Odense, na Dinamarca e têm mais de 22 anos cada. No entanto, de acordo com um corretor da S&P que falou com o The Loadstar: “A MSC não está focada na idade dos navios sendo adquiridos.”
Com a compra de mais 15 navios de tamanho semelhante, a MSC ultrapassará a capacidade da Maersk de 4,1 milhões de TEUs, um recorde de longa data. A MSC, com sede em Genebra, tem inclusive uma carteira de pedidos atual muito maior, somando 636.000 TEUs, em comparação com os 40.000 TEUs da Maersk, de acordo com dados do Alphaliner.
Fonte: The Loadstar
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