Petróleo deve fechar o ano como principal produto da pauta exportadora
dez, 19, 2024 Postado porDenise VileraSemana202448
O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) informou nesta segunda-feira (16) que o petróleo caminha para fechar o ano como principal produto da pauta exportadora brasileira pela primeira vez desde o início da série histórica, em 1997.
Com exportações que somaram US$ 42,8 bilhões até novembro, o petróleo superou a soja e o minério de ferro. A estimativa do IBP é que, até o final do ano, o total alcance US$ 47 bilhões. Desde 2016, a balança comercial do setor apresenta saldo líquido positivo, impulsionado pelos investimentos no pré-sal.
De acordo com o IBP, a produção de petróleo deve aumentar de 3,4 milhões de barris por dia (bpd) atualmente para 3,6 milhões de bpd em 2025.
“Esse aumento de produção é resultado da maturação de investimentos no pré-sal e da entrada em operação de novas FPSOs (unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência)”, destacou o presidente do IBP, Roberto Ardenguy.
Estima-se que, nos próximos quatro anos, o setor de petróleo e gás gere R$ 600 bilhões em royalties, participações especiais e na comercialização do óleo da União.
O Brasil ocupa hoje a posição de oitavo maior produtor de petróleo do mundo e nono em parque de refino. O setor representa 17% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial brasileiro e é responsável por 45% da oferta interna de energia. Além disso, o país figura como o segundo maior produtor mundial de biocombustíveis e o oitavo maior mercado consumidor, gerando 1,6 milhão de empregos diretos e indiretos.
O cenário geopolítico terá um papel central em 2025, influenciando os fluxos energéticos globais. “As guerras e conflitos na Ucrânia, na Rússia e no Oriente Médio afetam diretamente os fluxos de importação e exportação de energia, alterando dinâmicas do mercado global”, afirmou a gerente de análises técnicas do IBP, Isabela Costa. No campo macroeconômico, ela destaca a importância de acompanhar os indicadores econômicos dos Estados Unidos e da China, principais consumidores globais de petróleo.
Pelotas e Margem Equatorial
O IBP destacou entre as novas áreas de exploração a Bacia de Pelotas e a Margem Equatorial.
A Bacia de Pelotas ocupa cerca de 40,9 mil km² entre os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em território brasileiro, a bacia se estende do Alto de Florianópolis, ao norte, até a fronteira com o Uruguai, ao sul. A Petrobras, em parceria com a Shell, assinou 26 contratos de concessão com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para exploração da região. O consórcio, liderado pela Petrobras (70%) e com a Shell (30%), prevê um investimento de R$ 1,5 bilhão.
Já a Margem Equatorial, que abrange cinco bacias sedimentares — Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará, Potiguar e Foz do Amazonas —, tem potencial para adicionar 1,1 milhão de barris por dia à produção nacional a partir de 2029.
Fonte: Agência Brasil
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