Piora da pandemia limita exportações de frutas brasileiras
abr, 07, 2021 Postado porSylvia SchandertSemana202114
Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) apontam que as exportações brasileiras de frutas em janeiro e fevereiro somaram 155,8 mil toneladas, volume 1% menor que o do mesmo intervalo do ano passado. De acorsdo com a entidade, a piora da pandemia de covid-19, que levou muitos países da Europa a adotar novamente medidas mais restritivas para a circulação de pessoas foi um dos motivos da queda.
A receita total com as vendas ao exterior aumentou 3%, para US$ 114,9 milhões. No entanto, o desempenho não foi uniforme. Entre as frutas mais importantes na pauta de exportações brasileira, houve casos de crescimento de três dígitos, como os ocorridos na maçã, com alta de 238% em volume e de 249% na receita das vendas. A uva também ganhou espaço. No primeiro bimestre, as vendas da fruta ao exterior cresceram 74% em volume em comparação com o mesmo período de 2020. A receita, por sua vez, aumentou 58%, para US$ 4,8 milhões.
Entre os itens com retração apareceram limões e limas, terceiro que mais gerou receita ao Brasil no primeiro bimestre. Os volumes foram 15% menores que os do mesmo período do ano passado. Essas vendas renderam US$ 14,9 milhões, ou 13% a menos que nos dois primeiros meses de 2020. O mamão, com queda de 6% nos volumes exportados e de 8% na receita, também recuou.
As vendas de manga, igualmente importantes na pauta comercial do segmento – a fruta é a segunda que mais gera receita de exportações ao país, atrás apenas do melão -, até cresceram em volume, mas o aumento, de 5%, não se refletiu em mais recursos. A receita no primeiro bimestre deste ano, de US$ 15,2 milhões, repetiu o desempenho do mesmo intervalo de 2020. “Em alguns locais, o ‘lockdown’ foi tão abrangente e rigoroso que afetou o consumo.Muitas pessoas não conseguiram ir ao mercado”, diz Jorge de Souza, gerente técnicoe de projetos da Abrafrutas.
O abacate foi uma das frutas que mais sofreu no primeiro bimestre. De um lado, suas exportações foram impactadas com a retração da demanda causada pelas novas medidas de restrição no exterior – Europa e Estados Unidos respondem por cerca de 90% das importações de frutas brasileiras. De outro, a seca em áreas de cultivo, registrada no fim de 2020, reduziu a qualidade dos frutos, e, com isso, afetou a receita com os embarques.
No primeiro bimestre do ano passado, o abacate ficou entre as dez frutas que o Brasil mais vendeu ao exterior. No início de 2021, a fruta deixou esse grupo. Em volume, as exportações brasileiras de abacate caíram 39% no acumulado entre janeiro e fevereiro. O recuo foi ainda maior na receita: a queda foi de 43%, para US$ 513,5 mil.
Confira nos dois gráficos a seguir os históricos das exportações brasileiras de frutas a partir de 2018:
Exportação Brasileira de Frutas (Maçã, Uva, Limão e Limas) | Jan 2018 a Fev 2021 | TEU
Exportação Brasileira de Frutas (Mamão, Manga e Abacate) | Jan 2018 a Fev 2021 | TEU
A Abrafrutas trabalha hoje com dois cenários para as exportações neste ano, explica Souza. No mais otimista, que considera um avanço mais acelerado da vacinação contra a covid-19, os embarques ganharão tração no segundo semestre e encerrarão o ano com aumento de 5% a 6%, similar ao de anos anteriores. No quadro mais pessimista, a vacinação na Europa será lenta, com o surgimento de novas ondas da doença. “Nesse cenário, podemos ter um impacto negativo maior”, afirma.
Fonte: Valor Econômico
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