Plataforma flutuante de produção de amônia movida a energia nuclear é proposta

A desenvolvedora britânica de soluções avançadas de energia nuclear para transporte marítimo, Core Power, divulgou um relatório especial descrevendo planos para destinar plataformas flutuantes de produção offshore para a produção em massa de amônia de carbono-zero usando tecnologias nucleares.

A instalação proposta é a de uma usina flutuante offshore, que abrigaria tanto um reator nuclear e quanto um sistema de conversão de energia. A usina offshore produziria uma mistura de eletricidade e calor, dependendo dos requisitos reais. Esta seria colocada relativamente próxima a uma instalação de produção de amônia e tanques de armazenamento e construída utilizando a expertise da indústria de petróleo e gás. “Nenhuma emissão viria da planta”, disse o Dr. Rory Megginson, diretor de análise da Core Power.

A desenvolvedora também considera incluir no projeto uma estrutura baseada na gravidade onde uma casca de concreto oca pode ser flutuada e depois amarrada ou afundada para que fique no fundo do fundo do mar. Outras estruturas que estão sendo estudadas são estruturas de plataformas de petróleo mais tradicionais, bem como embarcações FPSO – de produção, armazenamento e descarga –  e estruturas cilíndricas flutuantes para uso em áreas de atividade climática mais intensa.

A modelagem de produção dessas instalações mostrou que, usando 1,2 GW de eletricidade, seria possível produzir 1 milhão de toneladas de amônia sustentável por ano, o equivalente a 440.000 toneladas de óleo combustível com muito baixo teor de enxofre.

De acordo com a Core Power, a produção de amônia no mar usando energia atômica avançada seria superior às produções de sistemas atômicos renováveis e não marinhos. “A energia atômica tem o fator de capacidade mais alto de qualquer método de geração de energia, enquanto as energias renováveis intermitentes, eólica e solar, têm o menor. Essa confiabilidade e capacidade de despacho tornam a energia atômica avançada a fonte de energia ideal para a produção de e-combustível”, afirmou Megginson.

A empresa com sede em Londres planeja que a produção de amônia ocorra em algumas instalações separadas e, no entanto, interconectadas, visando a maior segurança possível para trabalhar com amônia de hidrogênio e energia nuclear ao garantir que as várias áreas de risco serão separadas, evitando quaisquer interações adversas.

O produto final será transferido para navios feeder ou barcaças de bunker. Essas instalações operarão dentro das águas territoriais da nação anfitriã, estando assim sob vigência do regime regulatório nuclear nacional. A Core Power acrescentou que a mudança dos reatores para o mar permitiria uma redução substancial nos custos devido à falta de necessidade de engenharia civil cara, além da possibilidade de construção de estaleiros.

Fonte: Splash247

Para ler o artigo original completo acesse:

https://splash247.com/case-made-for-nuclear-powered-floating-ammonia-production-facility/

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