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Porto de Santos se prepara para aumento de movimentação com safra 2024/2025
fev, 10, 2025 Postado porSylvia SchandertSemana202507
O Porto de Santos chega a receber cinco vezes mais caminhões durante o período de escoamento de safra de grãos, elevando o movimento médio de três mil veículos para 15 mil por dia. Além disso, é a principal porta de saída de soja e milho para cerca de 70 países. Com a safra 2024/2025 estimada em 322,3 milhões de toneladas, pela Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab), com consequente aumento do volume de commodities a ser embarcado na região, órgãos públicos, transportadores e exportadores se organizam para evitar gargalos logísticos.
O diretor geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes, explica que o setor projeta exportar, neste ano, 33,3 milhões de toneladas de soja e 16,1 milhões de toneladas de milho. “Nós exportamos grãos para cerca de 70 países por 14 portos brasileiros e Santos é nosso carro-chefe. Hoje, 95% de soja, milho e algodão saem por Santos. Por exemplo, precisa juntar todo o volume de produtos escoados pelos portos de Santarém (PA), Barcarena (PA), Itacoatiara (AM) e Itaqui (MA) para alcançar o volume embarcado em Santos”.
Perguntado sobre eventuais congestionamentos resultante de intenso fluxo de caminhões em tempo de safra na Baixada Santista, Mendes disse que as condições climáticas no Arco Norte preocupam mais. “Seca ou chuva excessiva no Norte nos preocupa mais. Quando isso ocorre, a carga que seria exportada por lá desce para Santos. A estimativa é que os picos de escoamento de grãos, neste ano, sejam nos meses de março, abril, maio e junho”.
Confira a seguir as principais mercadorias exportadas via Porto de Santos. Os dados são do DataLiner:
Produtos Exportados via Porto de Santos | 2024
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
Trabalho
O presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Carga a Granel de Santos, Cubatão e Guarujá (Sindgran), José Cavalcanti de Andrade, o Salgadinho, afirma que o aumento da movimentação com a safra é bem-vindo, pois “gera trabalho”. Mas ele se preocupa com possíveis gargalos nos acessos ao Porto devido ao excesso de veículos.
“Entre grãos e contêineres, o movimento de caminhões chega a aumentar de 3 mil caminhões para cerca de 15 mil caminhões por dia, entrando e saindo da Baixada Santista e do Porto”, diz.
O representante dos motoristas autônomos destacou que é preciso ajustar o esquema de agendamentos, proposto pela Autoridade Portuária de Santos (APS). “Com o agendamento, houve algumas melhoras, mas também uma piora em relação aos caminhões que descem a Serra sem ele. A gente está tentando corrigir isso com a APS”, afirma.
A presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Carga do Litoral Paulista (Sindisan), Roseneide Fassina, avalia que existe a possibilidade de congestionamento, caso não sejam tomadas ações que poderão minimizar esta situação.
“Como é sabido, temos sérios problemas de acessos rodoviários. Uma das principais ações será a obrigatoriedade e respeito aos agendamentos”.
Rose Fassina destacou ainda que todo ecossistema de logística — associações, sindicatos e órgãos anuentes — deverão se debruçar sobre o problema.
“Além disso, outro fato que poderá complicar mais a situação será o início das obras no distrito industrial e portuário da Alemoa. As reuniões deverão iniciar na próxima semana”, destaca a presidente.
Fila de Navios
Quanto à fila de navios para embarque de grãos ou desembarque de fertilizantes, o diretor executivo do Sindicato das Agências de Navegação do Estado de São Paulo (Sindamar), José Roque, afirma que existem inúmeras variáveis que irão interferir nessa resposta ao longo de 2025. “A fila neste começo de ano em Santos pode vir a acontecer devido às chuvas no Mato Grosso, que estão segurando o ritmo da colheita e, consequentemente, atrasando a chegada de
carga. Entretanto, historicamente, no final de março tende a normalizar, dado o bom funcionamento dos terminais da região, que têm investido muito”, observa Roque.
Em relação aos meses seguintes, o diretor do Sindamar salienta que “é necessário acompanhar o ritmo de comercialização dos produtores no interior. Os embarcadores tomarão posições de navios a partir disso”. Por fim, Roque considera que “embora o aumento da safra desenhe um cenário positivo para os exportadores, ainda assim existe um desafio logístico”.
Fonte: A Tribuna
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