Porto de Santos terá sistema simplificado, agilizando exportações e importações

Após uma revisão orçamentária, a implantação do projeto Sistemas Comunitários Portuários (Port Community Systems, PCS, em inglês), que prevê reduzir em até 40% as etapas necessárias para uma operação no Porto de Santos, entrou em sua reta final. A previsão é de que, até o fim de março, seja entregue um protótipo do sistema, a conclusão do mapeamento dos processos portuários e um plano de negócios com os modelos financeiro, de governança e de operação da plataforma.

O PCS é uma iniciativa do Prosperity Fund – fundo de investimento britânico a países em desenvolvimento. Ele prevê a criação de uma plataforma digital que integrará sistemas de controle de órgãos federais ligados ao setor portuário. Também estão previstas mudanças nos processos e, com isso, espera-se reduzir em um dia o tempo necessário para exportações e em dois dias para importações.

O protótipo do PCS, que inclui uma versão aperfeiçoada do processo de chegada, atracação, desatracação e partida do navio, já está disponível para teste pelos atores da comunidade portuária. Além disso, o programa disponibilizará um padrão nacional para PCS e o código fonte do sistema, que permitirão seu uso por qualquer porto brasileiro.

Outra entrega do programa é o plano de negócios do PCS, com os modelos financeiro, de governança e de operação do sistema. Para elaborar a proposta, o programa tem mantido conversas com Autoridade Portuária, armadores, terminais, operadores portuários, agentes marítimos, despachantes aduaneiros e práticos.

“Nas conversas que temos mantido com os atores, temos apresentado os principais modelos de governança e de operação de PCS em portos internacionais. Há uma potencial convergência de interesses em torno de um ou dois modelos, que nos parecem mais aderentes à realidade de Santos”, afirma Diego Bonomo, líder do programa na Palladium – consultoria internacional contratada pelo governo britânico para executar o projeto.

Prazos
Segundo Bonomo, após uma interrupção, o projeto foi retomado em setembro do ano passado e tem término previsto para março, mês em que chega ao fim o ano fiscal britânico.

O lapso temporal se deu em razão da revisão orçamentária. Com o novo orçamento aprovado em julho, os contratos foram assinados em agosto e a implementação iniciada no mês seguinte.

“Nosso objetivo é apoiar o desenvolvimento e implantação de uma ferramenta de ponta no Brasil, que beneficie o Porto de Santos e possa ser replicada pelas autoridades brasileiras em qualquer outra comunidade portuária após o encerramento deste programa do governo britânico”, afirma Peter Wilson, embaixador do Reino Unido no Brasil.

Fonte: A Tribuna

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